Construção
Assessoria de Imprensa
05/06/2012 16h28 | Atualizada em 06/06/2012 23h22
Com os mais variados enfoques, o ciclo de palestras do Sobratema Congresso foi composto por 13 diferentes entidades representativas, atualizando o debate sobre o atual momento de crescimento dos setores da construção e da mineração no país.
A Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva (Abratt) apresentou conceitos básicos sobre métodos não destrutivos (MND) em obras de infraestrutura. Segundo a entidade, o conceito de MND é dividido em três grandes categorias: reabilitação e recuperação, substituição por arrebentamento e construção de redes novas. “O MND é um método construtivo limpo, econômico, rápido e ambientalmente correto. Recomendamos a todos que o conheç
...Com os mais variados enfoques, o ciclo de palestras do Sobratema Congresso foi composto por 13 diferentes entidades representativas, atualizando o debate sobre o atual momento de crescimento dos setores da construção e da mineração no país.
A Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva (Abratt) apresentou conceitos básicos sobre métodos não destrutivos (MND) em obras de infraestrutura. Segundo a entidade, o conceito de MND é dividido em três grandes categorias: reabilitação e recuperação, substituição por arrebentamento e construção de redes novas. “O MND é um método construtivo limpo, econômico, rápido e ambientalmente correto. Recomendamos a todos que o conheçam e o priorizem”, disse o vice-presidente da entidade, Liberal Ramos Junior, ao destacar a diminuição do impacto ambiental e do transtorno no trânsito urbano proporcionada pela tecnologia.
Na opinião de Célio Cunha Prado, diretor da filial São Paulo da Abraman (Associação Brasileira de Manutenção), a carência de profissionais capacitados na área de manutenção industrial é um dos entraves para a competitividade das empresas brasileiras e, por consequência, do próprio país. “A manutenção industrial é uma atividade crítica, presente em todos os ramos da produção”, diz Prado. Segundo ele, os empresários relatam muita dificuldade para contratar profissionais qualificados no segmento de instalações industriais. “Ter uma boa equipe de manutenção é uma vantagem competitiva muito grande”, diz o executivo.
Segundo análise feita por Hugo Cássio Rocha, presidente do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), o Brasil vive um dos melhores momentos em relação a obras que envolvem a construção de túneis, com diversos projetos espalhados por todo o país e em várias áreas. Segundo ele, o Brasil segue a tendência mundial de ênfase à infraestrutura subterrânea, de modo a deixar a parte de superfície das cidades para outras utilizações. “Estamos percebendo as vantagens de usar esse tipo de tecnologia”, diz o Rocha, lembrando que isso também tem pressionado o setor industrial. “A demanda está crescendo rápido e a indústria precisa estar atenta a isso. Sem equipamentos não há avanço”, diz.
A Associação dos Locadores de Equipamentos da Construção Civil (ALEC) discorreu sobre o aumento do mercado de aluguel de equipamentos. Para a entidade, o setor vive um momento de consolidação. “Embora os desafios sejam grandes, também podemos afirmar que o mercado de locação no Brasil está amadurecendo”, afirmou Marco Aurélio da Cunha, presidente da entidade. “Há investimentos financeiros expressivos, fusões e aquisições, além de algumas empresas de locação já terem ações negociadas em Bolsa de Valores, o que é muito representativo.”
O gerente nacional de infraestrutura da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Ronaldo Vizzoni, fez um prognóstico sobre o futuro da pavimentação. “As rodovias do futuro serão todas de concreto, pois esse tipo de pavimento é o mais adequado para vias de tráfego intenso e, sobretudo, para o trânsito de veículos pesados”, disse o dirigente. “Além de resistente, o pavimento de concreto tem durabilidade e exige menos manutenção que o de asfalto”, avalia.
A Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), destacou as possibilidades, conveniências e vantagens – não só econômicas, mas também de prazos, eficiência estrutural, energética e de desempenho – do uso de concreto industrializado na construção civil. Em intervenções realizadas pelos engenheiros Roberto Bauer, João Vendramini e Ira Doniak, a Abcic abordou os principais cuidados para se atingir todas as potencialidades desse modelo de construção, desde a necessidade de um projeto bem executado até a escolha de fornecedores.
Além de apresentar os métodos tradicionais utilizados na inspeção de estruturas de concreto como radiografia, ondas ultrassônicas e esclerometria, o engenheiro Márcio Cristiano de Oliveira, da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi), abordou os novos procedimentos de END (Ensaios Não Destrutivos) na indústria de construção pesada e mineração. “Técnica da célula de potencial, termografia e radar de penetração do solo são alguns dos novos métodos”, disse o engenheiro. Segundo ele, as técnicas são fundamentais para reduzir os custos, além de aumentar a segurança: “Se bem aplicadas, podem se tornar uma excepcional ferramenta no controle da qualidade".
O engenheiro Paulo Roberto Vilela Dias, presidente do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC), destacou que as obras públicas brasileiras em execução atualmente no país estão cerca de 30% abaixo do seu custo efetivo. Segundo o palestrante, isso ocorre porque os gestores das obras deixam de considerar uma série de custos em suas planilhas. “O governo inclui sempre novos custos, como, por exemplo, aumentos nos gastos com segurança da mão de obra, que precisam ser computados para que se tenha um retrato real na gestão das obras”, exemplifica o engenheiro.
03 de junho 2019
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