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Sindicatos e empresas criam escolas para qualificar engenheiros

Agência Brasil

08/12/2010 11h11 | Atualizada em 08/12/2010 13h39

A falta de engenheiros qualificados no Brasil não é novidade. Mas, após cerca de cinco anos de crescimento na demanda por esses profissionais, agora as empresas e as entidades de classe estão agindo por conta própria. O Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP prepara a criação de um instituto de ensino superior voltado para as necessidades da indústria, com cursos de graduação, pós, mestrado e doutorado.

“Não queremos competir com as universidades. A ideia é que a gente faça uma escola de inovação, com poucos alunos, mas com qualidade”, diz Murilo Pinheiro, presidente do sindicato. No momento, é aguardada a aprovação do Ministério da Educação para que o in

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A falta de engenheiros qualificados no Brasil não é novidade. Mas, após cerca de cinco anos de crescimento na demanda por esses profissionais, agora as empresas e as entidades de classe estão agindo por conta própria. O Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP prepara a criação de um instituto de ensino superior voltado para as necessidades da indústria, com cursos de graduação, pós, mestrado e doutorado.

“Não queremos competir com as universidades. A ideia é que a gente faça uma escola de inovação, com poucos alunos, mas com qualidade”, diz Murilo Pinheiro, presidente do sindicato. No momento, é aguardada a aprovação do Ministério da Educação para que o instituto possa abrir, em 2012.

Já um grupo formado por construtoras e incorporadoras se organiza para criar uma faculdade corporativa com cursos de curta duração. “O objetivo é complementar a formação que não é dada nas universidades”, diz Carlos Alberto Borges, vice-presidente de tecnologia e qualidade do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

O Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) vai na mesma direção. Segundo o seu chefe de gabinete, Francisco Yutaka Kurimori, foi aprovada proposta que permite ao órgão firmar convênios com entidades de classe para promover cursos de reciclagem.

Nival Nunes de Almeida, presidente eleito da Associação Brasileira de Educação em Engenharia, acha interessante que empresas e sindicatos estejam preocupados com a formação de profissionais. No entanto, ele acredita que o melhor é buscar parcerias com universidades.

Do banco para a obra
Foi o que a Camargo Corrêa fez no caso do engenheiro civil Marcelo Ishitani, 32 anos. Após trabalhar em bancos, ele sentiu necessidade de se atualizar quando voltou para o setor de infraestrutura da empresa - em que havia sido trainee, no início da carreira.

A firma lhe pagou, então, uma especialização em engenharia de túneis na Poli-USP. O diretor da faculdade, José Roberto Cardoso, confirma que a Poli é muito procurada por empresas para esse fim. Casos como o de Ishitani, de profissionais que estavam no setor financeiro e agora retornam para a engenharia, vêm se tornando comuns.

Quando Roni Katalan, 30, cursava engenharia, de 1998 a 2002, a construção civil ainda estava estagnada. Por isso, buscou a área financeira, em que se especializou. Em 2008, já sentindo uma melhora no mercado de engenharia, foi convidado para atuar na incorporadora de uma construtora, onde é supervisor de novos negócios.

“Eu não entro muito na questão da obra. O cargo na incorporação é financeiro.” É por isso que, no caso das construtoras que procuram engenheiros para funções estritamente técnicas, a dificuldade para contratar é maior. “O profissional que estava na área financeira não virá para a área técnica. Ele vai usar a sua experiência como gestor financeiro', diz Carlos Barbara, sócio-diretor da construtora Barbara.

A saída, para ele, foi empregar profissionais sem muita experiência e contar com coordenadores para formá-los. “Montamos uma 'escolinha' na construtora”, conclui.

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