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Setor de material de construção fechará 2014 com queda de 3%

A Abramat projetava crescimento da indústria, mas agora espera recuo devido ao arrefecimento das vendas ao varejo e baixo desempenho dos segmentos imobiliário e de infraestrutura

DCI

22/10/2014 09h36 | Atualizada em 29/10/2014 11h56

A indústria de material de construção revisou suas projeções para 2014 e agora espera amargar queda de até 3%. A piora se deve, principalmente, ao arrefecimento do varejo, aliado ao desempenho pífio dos segmentos imobiliário e de infraestrutura.

"O ano foi prejudicado por vendas menores no primeiro semestre e a Copa acabou sendo um desastre para o setor. Será difícil reverter a queda em 2014", afirma Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat).

A entidade projetava expansão de 4% para o setor neste ano. No entanto, diante do cenário, revisou a estimativa e a indústria deverá registrar um crescimento próximo

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A indústria de material de construção revisou suas projeções para 2014 e agora espera amargar queda de até 3%. A piora se deve, principalmente, ao arrefecimento do varejo, aliado ao desempenho pífio dos segmentos imobiliário e de infraestrutura.

"O ano foi prejudicado por vendas menores no primeiro semestre e a Copa acabou sendo um desastre para o setor. Será difícil reverter a queda em 2014", afirma Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat).

A entidade projetava expansão de 4% para o setor neste ano. No entanto, diante do cenário, revisou a estimativa e a indústria deverá registrar um crescimento próximo de zero nas vendas para o varejo (que representam metade da demanda dos fabricantes) e queda de até 5% para imobiliário e infraestrutura.

"Estes dois segmentos tiveram o pior desempenho porque houve uma drástica redução dos lançamentos e dos aportes, tanto públicos quanto privados. O pessimismo tomou conta do mercado", destaca Cover.

Segundo o executivo, apesar do emprego e da renda terem se mantido estáveis, a alta dos juros e a postura mais conservadora dos bancos impactaram bastante o varejo. "O setor depende muito de crédito para crescer", disse.

A indústria é dividida entre materiais de acabamento (revestimentos, por exemplo) e base (aço, cimento). Este último teve o pior desempenho. "O aço teve um impacto bastante negativo no setor. Este ano, os materiais de base terão uma queda de cerca de 5%", acrescentou o dirigente.

Na contramão

A fabricante de bombas Grundfos teve uma trajetória inversa à maioria das empresas do setor. Boa parte da sua demanda vem de obras públicas, que acabaram em desaceleração por conta das eleições.

"Até julho, os negócios foram bem, mas depois disso foram adiados", afirma Sandro Sandanelli, diretor-geral.

No ano passado, a Grundfos cresceu 37% e, para 2014, a expectativa é de uma expansão entre 10% e 15%. "Tínhamos projetado um crescimento de 24% para o ano. A maior queda veio de obras de infraestrutura", destaca o executivo.

Uma das saídas encontradas pela Grundfos será concentrar parte dos esforços no segmento residencial. "O mercado imobiliário tem compensado a queda em infraestrutura", afirma Sandanelli.

 

 

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