Jota
11/01/2022 11h00
O ano de 2021 dos fabricantes de máquinas e equipamentos foi marcado pela recuperação tanto no mercado doméstico quanto nas exportações.
De acordo com o João Carlos Marchesan, presidente do conselho de administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor deverá registrar um crescimento superior a 20%.
O potencial aumento sobrepôs-se à estimativa da entidade no início de 2021, de 12%, quando predominavam as incertezas estabelecidas pela crise sanitária. O desempenho do setor foi catapultado pela retomada da atividade produtiva no Brasil e em outros pa&i
...O ano de 2021 dos fabricantes de máquinas e equipamentos foi marcado pela recuperação tanto no mercado doméstico quanto nas exportações.
De acordo com o João Carlos Marchesan, presidente do conselho de administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor deverá registrar um crescimento superior a 20%.
O potencial aumento sobrepôs-se à estimativa da entidade no início de 2021, de 12%, quando predominavam as incertezas estabelecidas pela crise sanitária. O desempenho do setor foi catapultado pela retomada da atividade produtiva no Brasil e em outros países.
Se, por um lado, o quadro provocou uma crise de abastecimentos e avanços de preços, trouxe, por outro, salto da demanda nos setores minerais e agrícolas – os quais realizaram fortes investimentos. Até outubro, o segmento de máquinas agrícolas ampliou as vendas em 44% e o de máquinas para construção civil, 72%.
O real desvalorizado também agiu em favor da indústria de máquinas e equipamentos. Abriu espaço no mercado doméstico para o bem produzido localmente. O setor ampliou em quase 10 pontos percentuais o market share, de cerca de 45% para 55%. Ao exterior, os fabricantes venderam ano passado 31,1% acima do valor exportado em 2020.
O setor foi, no mais, favorecido pela onda de concessões à iniciativa privada nas áreas de aeroportos, ferrovias, terminais ferroviários e saneamento – além de ser beneficiado por investimentos no setor de celulose, os quais deverão continuar pelos próximos anos.
Projeções – Para 2022, a expectativa é de continuidade dos investimentos em obras de infraestrutura. A carteira de pedido deve atingir um crescimento de 25% em relação a 2019. Na agricultura, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê alta de 14,7% na safra de grãos este ano, o que deverá propiciar a manutenção dos investimentos no campo.
Marchesan mostrou-se confiante com a recuperação das exportações de máquinas e equipamentos. Na avaliação do presidente da Abimaq, o dólar deverá estacionar perto de R$ 5,50 neste ano – um câmbio favorável às exportações.
27 de novembro 2024
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