Capacitação
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29/06/2011 10h24 | Atualizada em 29/06/2011 14h23
Escassez de profissionais especializados. Caminhões parados e prejuízos contabilizados para grandes empresas. Esse é o cenário atual do setor de cargas, que estima a falta de 120 mil motoristas. As razões? A mais apontada pelos especialistas é o desinteresse pela profissão diante dos riscos.
“Grandes empresas têm ficado com 100 a 150 caminhões parados por falta de condutor”, afirma Francisco Pelucio, presidente do Setcesp – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região.
Sem motoristas e com caminhões parados, cargas ficam no pátio, sob o risco de paralisar fábricas e entregas ao comércio, causando milhões em prejuízos. Enquete da própria
...Escassez de profissionais especializados. Caminhões parados e prejuízos contabilizados para grandes empresas. Esse é o cenário atual do setor de cargas, que estima a falta de 120 mil motoristas. As razões? A mais apontada pelos especialistas é o desinteresse pela profissão diante dos riscos.
“Grandes empresas têm ficado com 100 a 150 caminhões parados por falta de condutor”, afirma Francisco Pelucio, presidente do Setcesp – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região.
Sem motoristas e com caminhões parados, cargas ficam no pátio, sob o risco de paralisar fábricas e entregas ao comércio, causando milhões em prejuízos. Enquete da própria NTC & Logística mostrou que 43% dos executivos do setor apontaram a falta de motoristas e ajudantes como o principal fator de limitação do crescimento em 2011.
A formação de novos motoristas não acompanha o ritmo de vendas de caminhões. No ano passado, 157 mil veículos pesados foram licenciados, segundo a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Até maio de 2011, quase 70 mil veículos grandalhões receberam autorização para trafegar.
Uma pequena parcela dos novos caminhões substitui a frota antiga, calculada em 2,1 milhões de veículos, segundo dados da ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres, sendo que a idade média da frota é de 16,5 anos. Mas a maior parte depende do ingresso de novos motoristas.
Um dos problemas é a falta de desejo dos jovens de enfrentar estradas mal conservadas, roubos de carga e jornadas de trabalho quase solitárias de 10 a 12 horas numa cabine - longe da família por semanas ou até meses. Sem falar as reclamações recorrentes quanto à remuneração diante dos riscos relacionados à profissão.
“Hoje, um motorista que leva uma carga de R$ 1 milhão recebe cerca de R$ 1 mil por um frete percorrendo vários estados. É um despropósito”, diz Ailton Gonçalves, advogado do Sindicam - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo, que defende algumas propostas no Estatuto dos Motoristas, projeto de lei do Senado, que está em audiência pública.
Ao contrário do passado, quando a força física do motorista fazia a diferença, hoje se exige um grau maior de conhecimento dos jovens - no mínimo segundo grau - para assimilar as técnicas de direção frente a um painel cheio de botões e sistemas eletrônicos.
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