Os transportadores tubulares diferenciam-se dos convencionais pela forma como encapsulam o material dentro de uma correia em formato de tubo.

Essa característica oferece vantagens significativas, como segurança em operações onde o minério é movimentado por longas distâncias, evita que se disperse facilmente e, assim, minimiza impactos ambientais.

Contudo, a geometria fechada e as forças adicionais envolvidas no enrolamento e desenrolamento da correia impõem desafios únicos à integridade dos rolos, tornando o monitoramento sensorizado desses componentes ainda mais crucial.

Soma-se a isso a dificuldade enfrentada pelas mineradoras relacionada à falta de eficiência na previsão de falhas dos rolos dos transportadores.

Quando ocorrem travamentos desses componentes, as correias continuam funcionando, situação que pode gerar desgastes, furos na carcaça dos roletes, rasgos nas próprias correias e até incêndios.

Para evitar esses prejuízos, a Superior Industries desenvolveu o sistema Vantage para fazer o monitoramento remoto de transportadores por meio de rolos inteligentes, detectando qualquer problema antes da sua ocorrência.

O sistema está sendo utilizado com sucesso pelas maiores e mais importantes mineradoras brasileiras, identificando e coletando dados como a temperatura dos rolamentos, rotação e vibração, aferidos por diferentes sensores embarcados no interior dos rolos e que podem ser acessados em tempo real para leitura, acompanhamento de operação e das condições de trabalho.

Caso haja alguma situação crítica, imediatamente o Vantage emite um alerta para os celulares cadastrados e salas de controle, o que possibilita a antecipação de providências e evita paradas não planejadas.

“Os rolos com esse sistema são equipados com uma eletrônica robusta, capaz de resistir ao rigor das operações”, explica Elton Júnior, gerente comercial de componentes para transportadores da Superior Industries do Brasil.

De acordo com ele, a eficiência de monitoramento pelo Vantage é segura, com confiabilidade IoT, ao contrário da inspeção humana que normalmente é feita de forma sensitiva, onde os operadores utilizam audição, visão e olfato para tentar buscar falhas nos componentes, principalmente nos rolos.

"Esses métodos de detecção dependem da experiência, acuidade visual e auditiva dos inspetores. A aferição termográfica também é utilizada, porém em menor escala que as demais citadas. Ou seja, todos esses procedimentos de averiguação são pouco eficazes e colocam as operações em risco”, complementa Elton Júnior.