A Rolls-Royce inaugurou no dia 23 de junho uma nova fábrica de montagem de motores mtu da Série 2000 em Kluftern, próximo a Friedrichshafen, na Alemanha.

Segundo a companhia, o investimento ilustra o papel que os motores de combustão interna devem desempenhar na transição energética por meio do uso de combustíveis sustentáveis.

Anunciada em 2021, a nova unidade de produção recebeu investimento de 30 milhões de euros para impulsionar o futuro dessa tecnologia, criando espaço para montagem e logística de transporte.

Com a nova estrutura, a montagem dos motores da marca será transferida para Kluftern, permitindo a modernização das salas de montagem da Fábrica 2 da empresa em Friedrichshafen, que passa a abrigar a produção dos motores da Série 4000.

O novo prédio de produção foi projetado para ser altamente eficiente em termos de energia e favorável ao clima, assegura a fabricante.

Nesse sentido, um sistema fotovoltaico com 1,2 MW de pico fornece eletricidade verde, colunas de carregamento eletrônico garantem soluções de mobilidade limpa e um sistema inteligente de controle de edifícios – juntamente com outras soluções – garantirá uma operação com maior eficiência energética.

"Nossos investimentos são um compromisso claro com a região e com nossos produtos e soluções, que por sua vez são importantes vetores para a transição energética em várias áreas de aplicação”, afirma Jörg Stratmann, CEO da Rolls-Royce Power Systems.

O executivo está convencido de que, em conjunto com combustíveis sustentáveis e novas tecnologias, os motores de combustão interna desempenharão um papel central no futuro. “O que importa é o combustível, não o motor", reitera Stratmann.

De acordo com o CEO, a Rolls-Royce vem se concentrando no desenvolvimento de motores que funcionem com uma ampla gama de combustíveis sustentáveis, incluindo diesel renovável (HVO), em substituição aos combustíveis fósseis.

Além disso, a empresa já lançou sistemas híbridos para ferrovias, transporte marítimo e energia, bem como sistemas de automação inteligente.

No futuro, diz ele, isso permitirá fornecer tecnologias de propulsão favoráveis ao clima para aplicações que vão desde navios, veículos terrestres e ferroviários até sistemas de energia em que a eletrificação completa não é uma solução ideal no longo prazo.

"Estamos fazendo tudo o que podemos para tornar o motor de combustão interna neutro para o clima, seja com combustíveis sustentáveis ou em combinação com novas tecnologias”, aponta Stratmann.

“Mas isso só pode ser alcançado se forem estabelecidas condições de estrutura política para que os combustíveis alternativos possam ser impulsionados com sucesso", comenta.