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Rodoanel: empresas notam benefícios?

WEBTRANSPO

03/05/2010 16h00 | Atualizada em 03/05/2010 19h08

Um sistema viário que – em menos de um mês - retirou 40 mil caminhões das ruas de São Paulo e auxiliou a reduzir em 28% os índices de trânsito na capital, segundo dados do governo estadual. Este é o Anel Viário Mario Covas, o Rodoanel, após a inauguração de seu Trecho Sul que, conectado a etapa Oeste, interliga sete rodovias (Bandeirastes, Anhanguera, Castello Branco, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Anchieta e Imigrantes).

Conforme números apresentados pelas autoridades do Estado, desde 1º de abril – data em que o trajeto foi liberado para o tráfego – 1.066.575 veículos utilizaram o anel viário. Deste montante, 30% corresponde a movimentação de pesados e o restante de modelos para passeio.

Segundo os dados, de segunda

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Um sistema viário que – em menos de um mês - retirou 40 mil caminhões das ruas de São Paulo e auxiliou a reduzir em 28% os índices de trânsito na capital, segundo dados do governo estadual. Este é o Anel Viário Mario Covas, o Rodoanel, após a inauguração de seu Trecho Sul que, conectado a etapa Oeste, interliga sete rodovias (Bandeirastes, Anhanguera, Castello Branco, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Anchieta e Imigrantes).

Conforme números apresentados pelas autoridades do Estado, desde 1º de abril – data em que o trajeto foi liberado para o tráfego – 1.066.575 veículos utilizaram o anel viário. Deste montante, 30% corresponde a movimentação de pesados e o restante de modelos para passeio.

Segundo os dados, de segunda à sexta-feira, os caminhões correspondem por algo em torno de 39 e 42% do total de tráfego na via. De acordo com estimativas da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), desde a abertura do trecho houve uma redução de 36% e aumento de velocidade em 40% na Avenida dos Bandeirantes – até então principal rota dos caminhões que seguiam para o Porto de Santos.

Já as Marginais Pinheiros e Tietê, beneficiadas também por outras medidas, registraram melhora no fluxo com a redução de lentidão em 22% e 40%, além do incremento na velocidade média de 40% e 25%, respectivamente.

Mauro Arce, secretário estadual dos Transportes, aponta que a tendência é que a utilização do Trecho Sul do Rodoanel pelos caminhoneiros seja crescente. “Os caminhões que possuem outros destinos, que não a capital, não precisam mais entrar em São Paulo. Ganha o profissional – que não perde tempo em congestionamentos – e a população, que passa a ter melhor fluidez no tráfego urbano”, argumenta.

Com o novo trecho em funcionamento, além da agilidade - graças ao fato evitar a passagem por dentro da capital para chegar ao porto de Santos – haverá uma significativa economia anual de R$ 260 milhões com combustível e melhoria da qualidade do ar em 6% na Região Metropolitana.

De acordo com os técnicos do Governo de São Paulo, o caminhoneiro que utilizar o Rodoanel para ir da Anhanguera à Imigrantes, por exemplo, passa a gastar no máximo 40 minutos, contra duas horas e meia do percurso pelas marginais, nos horários de pico.

Neste cenário, surge a pergunta: será que as transportadoras já notaram todos estes benefícios em seus negócios? Pensando nisso, o Portal Webtranspo ouviu grandes empresas do setor sobre esta questão. Todos os entrevistados foram unânimes. Houve, de fato, melhora em suas operações.

“Muitas vezes, os motoristas ficavam parados em Santos. Pois, se subissem a serra ficariam presos em congestionamentos gigantescos e poderiam ser multados por desrespeito ao rodízio. Com isso, ele acabava voltando à cidade apenas após este horário ficando parado no porto. Hoje isso não existe mais”, aponta Francisco Pelucio, presidente do Setceps (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região).

Para Urubatam Helou, diretor-presidente da Braspress, “o trecho Sul do Rodoanel gerou grandes benefícios aos transportadores pois disponibilizou uma importante opção para se conectarem com o interior e o litoral do Estado”. Além disso, o executivo aponta que as vantagens do empreendimento são sentidas por toda a população.

“Houve uma redução significativa no trânsito na cidade. Outro aspecto é a diminuição de emissões de poluentes na cidade. Antes havia muito caminhão parado nas ruas e avenidas consumindo combustível o que gerara gases poluidores”, pontua.

Próximos trechos
Neste contexto, há especulações de que os efeitos benéficos da obra podem não durar muito tempo, devido ao crescimento da frota da cidade e de regiões próximas.

“São Paulo não pode continuar produzindo políticas de mobilidade urbana que motivem a utilização do veículo individual. Se isso continuar acontecendo é natural que ocorra – em dois ou três anos – um novo colapso relacionado ao trânsito na cidade. É preciso priorizar o abastecimento da cidade”, argumenta Helou.

Pelucio ressalta que é preciso ter a consciência de que “nada dura para sempre”. Segundo o líder do sindicato das empresas de transporte, “se os outros dois trechos do Rodoanel não forem finalizados (Norte e Leste) e outras medidas forem deixadas de lado a cidade irá parar novamente”.

Em relação ao término do anel viário, Alberto Goldman, atual governador do Estado, garante que o projeto está caminhando dentro do programado. “O trecho Leste deve ser licitado este ano. O processo já está pronto. Neste momento, o governo promove audiências públicas. Portanto, até o fim de 2010 ele deverá estar licitado. Quanto ao trecho Norte, o processo deve ficar pronto durante este ano, mas somente o próximo governo poderá viabilizá-lo”.

Foto: Divulgação

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