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Ritmo de corte nos juros deve perder força

Para analistas, a autoridade monetária deve adotar uma postura cautelosa e diminuir o tamanho da redução da Selic

DCI

23/05/2017 13h50 | Atualizada em 31/05/2017 14h26

As projeções de mercado para a taxa básica de juros (Selic) para o final de 2017 podem ter alterações nos próximos dias, diante da possibilidade de choques cambiais sobre a inflação, oriundos da turbulência política desencadeada na semana passada.

A única certeza que une as opiniões dos especialistas é a de que, nas próximas reuniões do Comitê Política Monetária (Copom), o tamanho dos cortes nos juros será menor do que vinha sendo traçado nas últimas semanas.

"Até outro dia, o mercado estava trabalhando com uma redução de 1,25 ponto percentual da Selic. Tinha até gente apostando em uma diminuição de 1,50. Mas, agora, as projeções já caíram para algo em

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As projeções de mercado para a taxa básica de juros (Selic) para o final de 2017 podem ter alterações nos próximos dias, diante da possibilidade de choques cambiais sobre a inflação, oriundos da turbulência política desencadeada na semana passada.

A única certeza que une as opiniões dos especialistas é a de que, nas próximas reuniões do Comitê Política Monetária (Copom), o tamanho dos cortes nos juros será menor do que vinha sendo traçado nas últimas semanas.

"Até outro dia, o mercado estava trabalhando com uma redução de 1,25 ponto percentual da Selic. Tinha até gente apostando em uma diminuição de 1,50. Mas, agora, as projeções já caíram para algo em torno de 1,0 ou 0,75 ponto", afirma Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe da corretora Modal Mais, ao se referir à próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 30 e 31 de maio.

Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano e o Boletim Focus de mercado, publicado no dia 15 de maio, apontava taxa de juros de 8,5% ao ano.

Segundo Bandeira, o Banco Central (BC) terá que ser mais "comedido" daqui em diante nos cortes de juros, já que um possível prolongamento da crise política pode pressionar para cima o câmbio, impactando os indicadores de inflação.

"Porém, é preciso acompanhar os desdobramentos políticos nos próximos dias para alterar as previsões para a taxa de juros e para o Produto Interno Bruto (PIB)", ressalta Bandeira.

"O que dá para afirmar é que, qualquer reformulação nas projeções daqui para a frente terá viés de piora, ou seja: um PIB não tão positivo quanto esperávamos, juros não tão menores quanto prevíamos e uma inflação não tão baixa quanto projetávamos", ressalta o economista.

Perspectivas

Bandeira mantém, por enquanto, as suas perspectivas para o final de 2017: juros em 8% ao ano; PIB com alta de 1% e inflação entre 4% e 3,8%.

Somente para o câmbio já é possível precificar alta. Para o economista, deve chegar a R$ 3,40 no final do exercício.

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