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Retomada do setor de transporte é projetada para 2017

Queda na receita, demissões e alta carga tributária levam empresários a diminuir funcionários, número de caminhões e até pensar em mudar área de atuação e investir em modais mais baratos

DCI

02/12/2015 07h02 | Atualizada em 09/12/2015 11h38

A queda brusca na indústria e no varejo forma um ambiente complicado para quem vive de transportar produtos.

Passado 2015, os transportadores já sinalizam que uma possível retomada fique para 2017, período em que pode se acentuar as condições precárias da infraestrutura por todo o país.

"O momento é de alerta e inspira cuidados nos diversos segmentos do transporte. No ano passado, os transportadores já não se mostravam otimistas, mas, agora, a situação está ainda mais grave", afirma Clésio Andrade, presidente da CNT.

O momento de atenção também é compartilhado pelo presidente da mineira Carga Esperança, Francisco Gutierrez Beltrão. A empresa, que opera

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A queda brusca na indústria e no varejo forma um ambiente complicado para quem vive de transportar produtos.

Passado 2015, os transportadores já sinalizam que uma possível retomada fique para 2017, período em que pode se acentuar as condições precárias da infraestrutura por todo o país.

"O momento é de alerta e inspira cuidados nos diversos segmentos do transporte. No ano passado, os transportadores já não se mostravam otimistas, mas, agora, a situação está ainda mais grave", afirma Clésio Andrade, presidente da CNT.

O momento de atenção também é compartilhado pelo presidente da mineira Carga Esperança, Francisco Gutierrez Beltrão. A empresa, que opera com 19 caminhões já diminuiu em 10% o quadro de funcionários e tem perspectiva de precisar apertar ainda mais o cinto.

"Para 2016 estamos pensando em vender quatro caminhões. Foi a solução encontrada para equilibrarmos as contas da empresa sem elevar o endividamento", afirmou.

A decisão de demitir funcionários foi prática comum este ano. Segundo a sondagem da CNT, 79,1% dos entrevistados realizaram demissões de trabalhadores, entre setores como rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo, de cargas e de passageiros.

Na sondagem, 54% dos entrevistados disseram que deverão ter redução da receita bruta na comparação com 2014. Ainda de acordo com o estudo, 86% dos transportadores entrevistados não confiam na gestão econômica do governo federal e 49% acreditam que o país só voltará a crescer em 2017. Outros 19,6% esperam crescimento somente em 2018.

Na Transportadora Eliseu S.A., de Manaus, o cenário é ainda mais desafiador. Com 12 caminhões e três aviões para o transporte de produtos produzidos na Zona Franca de Manaus, o diretor-presidente da empresa, Eliseu dos Santos, sinaliza que o tombo foi feio. "Tivemos nossos contratos reduzidos pela metade. É um cenário assustador", comentou.

A queda sentida pelo empresário, no entanto, não é um fato isolado. Segundo a CNT, 54% dos transportadores de todos os segmentos sentiram recuo na receita este ano.

De acordo com a CNT, 49% das mais de 700 empresas entrevistadas acreditam que o avanço econômico só aconteça em 2017.

O cenário, que inspira cuidados, aponta que o pessimismo do setor é o menor desde 2012, quando teve início a sondagem.

 

 

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