Assessoria de Imprensa
25/10/2023 12h13 | Atualizada em 30/10/2023 12h13
De acordo com o relatório mensal da Agência Nacional de Mineração (ANM), até o dia 1º de agosto deste ano, o Brasil contava com 925 barragens de mineração cadastradas no Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração (SIGBM), das quais apenas 456 se encaixam nas normas da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), aproximadamente 49,3%.
Ainda segundo os dados, 94 barragens estão em situação de alerta ou emergência, sendo 59 no estado de Minas Gerais, cerca de 62,8%.
Para Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções p
...De acordo com o relatório mensal da Agência Nacional de Mineração (ANM), até o dia 1º de agosto deste ano, o Brasil contava com 925 barragens de mineração cadastradas no Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração (SIGBM), das quais apenas 456 se encaixam nas normas da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), aproximadamente 49,3%.
Ainda segundo os dados, 94 barragens estão em situação de alerta ou emergência, sendo 59 no estado de Minas Gerais, cerca de 62,8%.
Para Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, “hoje o Brasil é um dos países que mais constroem barragens no mundo, mas se comparado a outros países mais desenvolvidos, ficamos para trás em questões como projetos modernos, construção e manutenção das barragens”.
Segundo ele, “um dos motivos é que as construções seguem normas e critérios distintos, fator que reduz a confiabilidade na segurança dessas estruturas. Outra questão é que o Brasil não tinha uma lei que regulamentasse os fatores de segurança de barragens até o ano 2010 e a maior parte desses complexos foi construída antes”.
Conforme é mostrado no Relatório de Segurança de Barragens mais recente, contendo dados de 2021, foram reportados naquele ano 13 acidentes e 37 incidentes com barragens em 16 estados. Para Neves, as causas desses registros estão diretamente relacionadas à falta de controle durante as operações das barragens.
“Dentre os fatores que levam a essas situações estão as legislações negligentes e causas naturais, como solos instáveis, e ausência de planejamento e tecnologias adequadas nas construções”, comenta.
Necessidades – O executivo explica que profissionais que atuam em barragens, como engenheiros civis, engenheiros agrimensores, geólogos, engenheiros de minas, especialistas de meio ambiente, biólogos, e engenheiros hidráulicos, necessitam cada vez mais de equipamentos modernos a fim de assegurar maior agilidade e precisão na leitura e coleta de dados.
“Com equipamentos de geotecnologia avançados, é possível otimizar os processos e obter dados mais precisos e de forma mais rápida”, diz. Segundo ele, “o mercado dispõe de recursos bastante eficazes e seguros para a boa execução do trabalho desde a fase de planejamento até o monitoramento das barragens, como estações totais, estações totais robóticas, GNSS, lasers scanners (terrestres, móveis e aéreos), drones e ecobatímetros”.
Neves comenta também que os principais riscos a serem avaliados na construção e monitoramento de uma barragem giram em torno de causar poluição no ar e na água da região ou desmatar a área. “É muito importante avaliar a fauna e a flora local para evitar prejuízos ao ecossistema”, diz.
“A melhor forma de evitar catástrofes é tomar medidas preventivas e para isso há medidas estruturais e não estruturais: as estruturais envolvem diretamente a segurança da barragem e devem contar com análises dos instrumentos de auscultação civil e inspeções regulares nas estruturas da obra, visando assegurar a estabilidade do barramento. As não estruturais envolvem as áreas que não influenciam a segurança da barragem, como manter a comunicação direta com os habitantes e órgãos fiscalizadores”, finaliza.
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