Assessoria de Imprensa
10/04/2024 16h04 | Atualizada em 15/04/2024 13h36
Apesar de um certo ânimo no início deste ano com as altas demandas de fretes no transporte rodoviário de cargas, existem empecilhos para grande parte das empresas do segmento, especialmente na expansão de suas frotas, devido à alta taxa de juros para o financiamento do pagamento de veículos.
Conforme dados da B3, no primeiro semestre de 2023, o número de contratos para a venda de caminhões caiu 3,65% em comparação ao mesmo período de 2022.
Na visão de Marcel Zorzin, diretor operacional da Zorzin Logística, destaca-se que a maior influência para essa redução está no fator econômico.
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...Apesar de um certo ânimo no início deste ano com as altas demandas de fretes no transporte rodoviário de cargas, existem empecilhos para grande parte das empresas do segmento, especialmente na expansão de suas frotas, devido à alta taxa de juros para o financiamento do pagamento de veículos.
Conforme dados da B3, no primeiro semestre de 2023, o número de contratos para a venda de caminhões caiu 3,65% em comparação ao mesmo período de 2022.
Na visão de Marcel Zorzin, diretor operacional da Zorzin Logística, destaca-se que a maior influência para essa redução está no fator econômico.
“Acredito que o crescimento econômico influencia diretamente, porque se houvesse uma demanda mais alta, estaríamos vendendo implementos, mesmo com os preços que estão no mercado. Nos últimos anos, os veículos subiram mais de 50%. São fatores diversos, mas o crescimento econômico é o que nos ajuda a realizar investimentos.”
Corroborando com a informação, uma nova pesquisa de sondagem, realizada pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC) e encomendada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp), revelou que 72% das empresas do setor ainda enfrentam dificuldades para adquirir determinados insumos, dentre eles: pneus, diesel, peças e, especialmente, os caminhões.
Segundo Marcel Zorzin, essa situação está relacionada ao que as empresas e empresários discutem em comparação com os preços no mercado, ou seja, na busca por um veículo que atenda às suas demandas.
“Como empresário, o primeiro ponto será buscar um custo-benefício acessível; o segundo é analisar o consumo médio desse veículo em relação aos concorrentes. Depois disso, mapearemos para qual tipo de operação o caminhão será utilizado, seja para viagens, entregas ou outros. Por fim, entenderemos se vamos responder às demandas das rotas que temos. São esses os pontos que considero fundamentais.”
Para enfrentar esses desafios, as empresas estão buscando alternativas como a locação de caminhões, que, segundo dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ALBA), emplacaram 10.211 unidades em 2023. Isso representa um crescimento de 39% em comparação com 2022 e quase 11% de todos os caminhões emplacados em 2023.
Na Zorzin, por exemplo, pretende-se apostar nesse mercado para suprir as demandas da empresa.
“Como somos de um nicho específico (transporte de produtos perigosos), é difícil o cliente aceitar um veículo agregado, só conseguimos isso na atividade de distribuição e bem aplicado. O que temos mapeado para os próximos meses é a locação de veículos, visto que o mercado não tem nos favorecido na compra de veículos, seja para ampliar ou renovar. Seguindo esses modelos, conseguiremos nos manter atualizados no mercado e por um custo mais viável”, descreveu o empresário.
A visão dos executivos do setor encontra-se bastante otimista para os próximos meses, pois entende que o Brasil começa a ser impulsionado a partir do segundo trimestre do ano. Com isso, os planejamentos estratégicos e a organização até a chegada de bons números serão os refúgios para as empresas.
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