Representado pelo secretário-geral Riccardo Viaggi, o CECE (Committee for European Construction Equipment) apresentou na semana passada o projeto InfraROB durante o evento Autonomous Off-Highway Machinery Technology (AOMT), realizado em Berlim.

Financiado pela União Europeia (UE), no âmbito do programa Horizon 2020, o InfraROB é uma iniciativa de apoio à pesquisa e inovação lançada em setembro de 2021 para promover avanços em automatização, robotização e modularização no setor de infraestrutura rodoviária.

O objetivo é impulsionar novos conhecimentos no segmento e explorar a viabilidade de tecnologias, processos, serviços e soluções inovadoras. Ao todo, o consórcio do InfraROB reúne 18 organizações – incluindo o CECE – que trabalham no projeto durante 42 meses.

“A infraestrutura rodoviária tem um papel fundamental no desenvolvimento social e econômico da Europa, considerando que atualmente o transporte rodoviário de passageiros é o modal terrestre mais utilizado na maioria dos países europeus, contribuindo para garantir o fluxo de pessoas, mas também de mercadorias em toda a UE”, diz a apresentação do projeto.

Dentre os principais focos, o projeto visa reduzir a exposição de trabalhadores aos riscos operacionais com máquinas de construção, aumentar a disponibilidade da rede de transporte, reduzir o custo de tarefas repetitivas e aumentar a segurança dos usuários das estradas.

Segundo o consórcio, os trabalhadores envolvidos em obras rodoviárias estão expostos a riscos significativos, de modo que muitas tarefas repetitivas de construção ou manutenção podem ser substituídas por sistemas robotizados.

"Mesmo com os avanços obtidos para melhorar a segurança nas rodovias, a necessidade de aumentar a segurança tanto de trabalhadores da construção quanto de usuários continua sendo uma prioridade, uma vez que em média 4% dos acidentes nas rodovias europeias ocorrem em áreas de trabalho”, ressalta o InfraRob.

A constatação é de que, embora tenha atingido uma maturidade tecnológica significativa em muitos setores industriais, a robótica ainda não atingiu os mesmos níveis de implementação na gestão da infraestrutura viária.

“Portanto, é necessário um esforço coordenado para impulsionar a introdução da automação, da robótica e de uma maior modularização na área”, conclui o consórcio.