Tendências
Folha de S. Paulo
05/09/2017 15h50 | Atualizada em 13/09/2017 12h42
Com a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do 2º trimestre do ano, alguns economistas começam a revisar para cima as projeções para 2017.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a atividade cresceu 0,2% de abril a junho em relação ao trimestre anterior.
Na comparação anual, a alta foi de 0,3%, a primeira desde o 1º trimestre de 2014.
As expectativas de que a atividade econômica neste ano fique mais próxima de zero são deixadas para trás, substituídas por previsões de alta de até 1%.
A alta de 1,4% do consumo das famílias no 2º trimestre em comparação ao trimestre imediatamente anterior e a elevação de 0,6% dos serviços foram os principais gatilhos para
...Com a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do 2º trimestre do ano, alguns economistas começam a revisar para cima as projeções para 2017.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a atividade cresceu 0,2% de abril a junho em relação ao trimestre anterior.
Na comparação anual, a alta foi de 0,3%, a primeira desde o 1º trimestre de 2014.
As expectativas de que a atividade econômica neste ano fique mais próxima de zero são deixadas para trás, substituídas por previsões de alta de até 1%.
A alta de 1,4% do consumo das famílias no 2º trimestre em comparação ao trimestre imediatamente anterior e a elevação de 0,6% dos serviços foram os principais gatilhos para as revisões mais positivas.
Do lado da demanda, o consumo responde por cerca de 65% do PIB enquanto os serviços, do lado da oferta, ficam com uma fatia superior a 70%.
Há ainda a percepção de que a melhora da atividade ocorre de maneira mais disseminada, ainda que a alta, de 0,2%, tenha sido inferior ao avanço de 1% registrado pela economia no primeiro trimestre.
No período, no entanto, é possível dizer que a agropecuária atuou praticamente sozinha sobre o desempenho.
A consultoria MB Associados esperava alta de 0,3% para o PIB deste ano e, conhecidos os números de abril a junho, elevou a previsão para 0,7%.
Para Sergio Vale, economista-chefe da MB, os números do 2º trimestre permitem um olhar positivo para o ano como um todo. "Na esteira da crise de maio, imaginávamos um impacto maior na economia que, por não ter acontecido, nos fez rever a projeção", diz ele.
Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra, já esperava uma alta de 0,7% do PIB em 2017 e agora avalia que o avanço pode chegar a 1%. "Tudo indica que o número será mais forte do que a alta de 0,7%”, diz.
Oliveira ressalta que a queda de 0,5% da indústria surpreendeu negativamente, mas a abertura dos dados mostra um quadro menos preocupante.
Ele lembra que a indústria está sendo puxada para baixo pela construção civil, que caiu 2% e responde por um quarto da indústria.
Com fatia de mais da metade do segmento, no entanto, a indústria da transformação, teve leve alta de 0,1% no trimestre.
Bruno Levy, da Tendências Consultoria, a atividade deve começar a acelerar a partir de agora, em especial porque os cortes mais expressivos da taxa básica de juros foram feitos no início deste ano e devem começar a ter efeito no segundo semestre.
28 de julho 2020
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