Os problemas políticos são os principais entraves que impedem o crescimento econômico do Brasil. Essa foi uma das conclusões apresentadas pela jornalista e comentarista de política Cristiana Lôbo durante o Fórum Infraestrutura – O Papel da Infraestrutura na Retomada do Crescimento do Brasil, uma iniciativa da revista Grandes Construções, com o apoio da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração.

“O Brasil está no meio de um processo em que existe uma completa falta de liderança politica e incertezas para o futuro”, comenta.

Segundo ela, é preciso uma reforma e renovação na política, mas, diferente da que vem sendo defendida pelos congressistas.

Mas, mesmo nesse cenário sem expectativas de uma reviravolta iminente e incertezas políticas, a economia vem mostrando sinais de melhorias.

“Começamos a ter um respiro na crise econômica, ela está caminhando na trilha certa”, diz Lôbo. “Na economia já é possível enxergar uma inflação mais baixa, com os juros estão mais baixo do que durante muitos anos”, afirma.

Segundo o economista Ricardo Amorim, a economia é cíclica, e estamos no momento da retomada, já superando o nível zero de crescimento. A economia começa a mostrar sinais de recuperação, com PIB registrando crescimento de 1% em relação ao trimestre anterior.

“É um ligeiro crescimento, mas, se tivéssemos esse aumento de 1% em todo trimestre, poderíamos registrar um crescimento de 4% do PIB ao ano”, ressalta.

Para o economista, com a redução da taxa de juros e, como consequência o retorno do crédito, três setores serão beneficiados e voltarão a crescer, especialmente os de automóveis, imobiliários e de máquinas e equipamentos.

Para Amorim, apesar dos problemas econômicos, o Brasil é foco de grande interesse das empresas estrangeiras internacionais, justificando o aporte de investimento estrangeiro no país.

Outro destaque da economia brasileira foram os bons resultados do agronegócio brasileiro, que vem entrando em uma fase de industrialização dos produtos, o que refletirá em um investimento maior na infraestrutura para atender a esse segmento, facilitando o escoamento dos produtos.