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DCI
09/12/2015 00h08 | Atualizada em 16/12/2015 11h52
Na tentativa de sobreviver em meio à tormenta, os fabricantes de máquinas e equipamentos para construção, de todos os portes, operam com ociosidade de até 70%, reajustam preços e esperam retomada apenas para 2017.
"Este foi o pior dos 18 anos em que fabricamos no Brasil", afirma Adão Marques, diretor da PHD Guindastes. Com capital 100% brasileiro, a empresa gaúcha trabalha para reduzir os impactos da economia em queda e da desaceleração do setor.
"Trabalhamos muito para vender pouco. Mas essa é a única alternativa atualmente", destaca Marques.
Segundo Felipe Cavalieri, CEO da BMC-Hyundai, o mercado de máquinas para construção apresenta queda de aproxima
...Na tentativa de sobreviver em meio à tormenta, os fabricantes de máquinas e equipamentos para construção, de todos os portes, operam com ociosidade de até 70%, reajustam preços e esperam retomada apenas para 2017.
"Este foi o pior dos 18 anos em que fabricamos no Brasil", afirma Adão Marques, diretor da PHD Guindastes. Com capital 100% brasileiro, a empresa gaúcha trabalha para reduzir os impactos da economia em queda e da desaceleração do setor.
"Trabalhamos muito para vender pouco. Mas essa é a única alternativa atualmente", destaca Marques.
Segundo Felipe Cavalieri, CEO da BMC-Hyundai, o mercado de máquinas para construção apresenta queda de aproximadamente 45%, mas em alguns segmentos o recuo chega a quase 70%. "O país não consegue atrair investimentos e as obras estão paralisadas", destaca.
Operando com 60% de ociosidade na fábrica inaugurada em 2013 em Itatiaia, RJ, a BMC deve apresentar uma queda de 30% neste ano, impactada principalmente pelo recuo das licitações de obras do governo federal.
"Tivemos que reduzir o quadro de pessoal, a infraestrutura física e até o número de filiais", pondera. Segundo ele, a BMC enxugou 38% da folha de pagamentos neste ano. "A agenda de obras do Brasil não está caminhando", pontua o executivo.
Pela mesma situação passa a fabricante britânica JCB, grande player global no segmento de retroescavadeiras. Desde o ano passado, a empresa dispensou localmente mais de um terço do seu quadro de funcionários.
"Inevitavelmente, tivemos que demitir, pois operamos hoje com ociosidade de 75% no País", afirma o presidente da companhia no Brasil, José Luís Gonçalves.
O executivo revela que a empresa realizou pequenos reajustes de preços ao longo do ano para compensar o aumento do dólar e, para janeiro de 2016, reserva um aumento de preços entre 8% e 15%, dependendo do produto.
"No entanto, essa medida não irá compensar o aumento de custos que tivemos", garante. E para depender menos da volatilidade do câmbio, Gonçalves revela que a marca continua com o programa de aumento de conteúdo local. Segundo ele, R$ 4,5 milhões serão usados para localizar mais uma máquina.
Perspectivas
Para 2016 o consenso entre os fabricantes de máquinas e equipamentos de construção é que não haverá crescimento no mercado. Gonçalves se diz conservador em relação ao desempenho do setor no ano, assim como o CEO da BMC.
Já o diretor da PHD acredita que esta é mais uma fase difícil que o País atravessa, mas com prazo de validade. "O setor da construção, assim como o Brasil, não pode parar. O potencial de crescimento existe e uma hora o mercado vai voltar a crescer", diz Marques.
28 de julho 2020
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