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Obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro concorre ao maior prêmio do setor de túneis do mundo

Inédito sistema de escavação de túneis em solo arenoso e área densamente povoada é finalista do ITA Tunnelling Awards 2016

Assessoria de Imprensa

05/10/2016 09h00 | Atualizada em 11/10/2016 13h24

A maior obra de mobilidade do Rio de Janeiro está concorrendo ao Oscar dos Túneis. O inédito sistema de escavação de túneis utilizado na Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro está entre os finalistas do ITA Tunnelling Awards 2016, maior prêmio do setor de túneis do mundo.

O projeto brasileiro, inscrito por engenheiros da Construtora Norberto Odebrecht, está disputando na categoria de Inovação Técnica do Ano (Technical Innovation of the Year) junto com Singapura, Finlândia, Noruega e Grã-Bretanha.

Este ano, o ITA Tunnelling Awards recebeu 98 inscrições de 25 países. Os 33 finalistas estão divididos em nove categorias. Os vencedores serão anunciados durante cerimôni

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A maior obra de mobilidade do Rio de Janeiro está concorrendo ao Oscar dos Túneis. O inédito sistema de escavação de túneis utilizado na Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro está entre os finalistas do ITA Tunnelling Awards 2016, maior prêmio do setor de túneis do mundo.

O projeto brasileiro, inscrito por engenheiros da Construtora Norberto Odebrecht, está disputando na categoria de Inovação Técnica do Ano (Technical Innovation of the Year) junto com Singapura, Finlândia, Noruega e Grã-Bretanha.

Este ano, o ITA Tunnelling Awards recebeu 98 inscrições de 25 países. Os 33 finalistas estão divididos em nove categorias. Os vencedores serão anunciados durante cerimônia em Singapura, no dia 11 de novembro.

Para construir 5,2 quilômetros de túnel da Linha 4 do Metrô no subsolo de Ipanema e Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro (um misto de areia e rocha), a engenharia brasileira precisou desenvolver novos métodos que permitissem a execução das obras com menor impacto à superfície e sem desapropriar imóveis.

A principal inovação foi a criação de um sistema inédito de escavação em solo arenoso. A equipe de engenheiros desenvolveu um sistema adicional específico para condicionamento do solo e mostrou, com isso, que é possível utilizar um Tunnel Boring Machine EPB (Earth Pressure Balance) híbrido em solo de areia com eficiência e segurança, comparável ao estado da arte de uma tuneladora do tipo Slurry, normalmente utilizada em solos arenosos.

“Usamos pela primeira vez no mundo um EPB em solo arenoso em uma região densamente edificada e com grande circulação de pessoas e veículos. Antes, o equipamento só havia sido utilizado duas vezes nesse tipo de solo, mas em trechos curtos e em áreas pouco ou nada povoadas”, explica Julio Pierri, engenheiro da Construtora Norberto Odebrecht, coordenador da área de engenharia do projeto da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro.

Para realizar o trabalho, Pierri explica que foi criado um sistema interno para injetar diversos tipos de material para condicionamento do solo durante a escavação, como uma espuma com polímero customizado para o subsolo da Zona Sul do Rio.

“Isso ampliou a capacidade de operação da máquina EPB em areia, avançando pela primeira vez sua atuação na área da máquina Slurry”,  diz.

No desenvolvimento dessa nova técnica de escavação, Pierri trabalhou ao lado dos engenheiros Alexandre Mahfuz e Carlos Henrique Turolla, também da Construtora Norberto Odebrecht, com apoio da consultora MTC.

“O desafio era imenso. Tínhamos que construir o túnel debaixo do leito das ruas, sem passar por baixo de nenhum prédio e com o menor risco possível de recalque para os edifícios, que em alguns trechos estavam a apenas 12 metros do túnel. Não tínhamos como usar o Tatuzão Slurry, normalmente utilizado em solos arenosos, porque era muito arriscado pela possibilidade de provocar recalques severos e pela maior complexidade de operação”, complementa Mahfuz.

Segundo Mahfuz, o EPB também não tinha um sistema de condicionamento de solo adequado às necessidades do projeto. “Por isso, a saída foi desenvolver um modelo específico para aquela região”, complementa.

Com a utilização do ‘Tatuzão’ EPB híbrido foi possível cruzar uma geologia complexa com eficiência e segurança, diminuindo os riscos de instabilidade.

O terreno dos túneis incluía uma longa extensão de areia de praia delimitada por dois trechos de rocha altamente abrasiva. A máquina utilizada tem 2,7 mil toneladas e 123 metros de comprimento por 11,5 metros de diâmetro, o equivalente a um prédio de quatro andares e é a maior já utilizada na América Latina. Foi fabricada sob medida pela alemã Herrenknecht.

Considerado o ‘Oscar’ dos tuneleiros, a premiação é concedida pela International Tunnelling and Underground Space Association (ITA).

Esta é a segunda edição do ITA Tunnelling Awards, que recebeu a inscrição de 98 trabalhos de 25 países em nove categorias. Ao todo, são 33 finalistas, sendo cinco na categoria da Linha 4 do Metrô.

A obra é a única brasileira disputando o prêmio de inovação. Além dela, outro projeto brasileiro é finalista no ITA Tunnelling Awards 2016, mas na categoria Young Tunneller of the Year.

“A classificação de finalistas tem grande valor. Em todas as categorias, houve submissões de vários países do mundo, entre aqueles em que a indústria de construção de túneis é praticada com grande intensidade, rigor e qualidade. Considerando a pequena atividade de construção de túneis em nosso país, quando comparada a de outros países, a presença de dois finalistas brasileiros é uma inquestionável indicação da qualificação técnica dos autores, de suas empresas e do meio técnico de nosso país”, comemora Tarcísio Barreto Celestino, presidente do Comitê Brasileiro de Túneis.

 

 

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