Em 57 anos de atuação no mercado, a fabricante de motores diesel MWM Internacional nunca havia registrado números tão positivos como em 2010. Segundo o balanço divulgado pela empresa, no período de janeiro a dezembro, um total de 144 mil unidades foram produzidas.

Este resultado representa uma alta de 29% sobre o desempenho do ano anterior, quando 112 mil motores foram fabricados. Além disso, o volume produtivo superou em mil equipamentos o total obtido em 2008, até então o melhor ano para os negócios da fabricante.

De acordo com José Eduardo Luzzi, presidente da companhia, do montante produzido, 79% foi destinado para atender a demanda do mercado brasileiro. O restante foi enviado para o comércio internacional.

Por segmento, as picapes responderam por 34% da produção da companhia. Já o setor de caminhões demandou 24% do total produzido. Em seguida, aparecem os setores de máquinas agrícolas (19%), aplicações especiais – como operações marítimas e industriais – (14%) e ônibus (12%).

No mesmo período, o número de funcionários do Grupo cresceu 20%, passando de três mil colaboradores para 3.614. Os investimentos nas plantas fabris da companhia também foram ampliados.

Para se ter uma ideia, enquanto de 2008 para 2009 houve uma queda de 8% no volume de recursos - de US$ 76 milhões para US$ 70 milhões -, no ano passado o total aplicado nas unidades de produção foi de US$ 80 milhões. Por falar em investimento, um montante ainda maior é esperado para este ano. Conforme anunciado por Luzzi, os recursos devem totalizar US$ 85 milhões, uma alta de 6% em relação a 2010.

De acordo com o executivo, este valor será aplicado no aumento da capacidade, desenvolvimento tecnológico e novos equipamentos. “Estamos adaptando nossas plantas para ampliar a produção, atender o ritmo de crescimento do mercado interno e os novos contratos de exportação”, afirma.

Com este investimento, o número de motores produzidos deverá registrar um novo recorde. “Havíamos projetado um crescimento de 5%, totalizando 150 mil unidades. Entretanto, já fizemos uma revisão nesta projeção e prevemos um total de 160 mil equipamentos fabricados, um incremento de 11%”, afirma o executivo.

Segundo Luzzi, estes recursos serão aplicados nas três unidades da empresa na América do Sul: São Paulo (SP), Canoas (RS) e Jesús Maria (Argentina). Parte da verba será obtida por meio de financiamento com o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, enquanto que o restante partirá de recursos próprios.

A empresa não divulgou o valor que deve ser obtido com a instituição financeira.