Agrolink
21/09/2021 11h00
O agronegócio brasileiro vem alcançando números significativos, com expectativa de um Valor Bruto da Produção acima de R$ 1 trilhão neste ano.
O cenário motivou o produtor a adquirir ou modernizar suas máquinas. Mesmo em um ano de pandemia como 2020, o segmento de máquinas e equipamentos agrícolas teve um aumento de 27%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O resultado é referente às vendas no mercado interno e as exportações. Já em 2021 projeta-se que a rentabilidade das commodities deva levar o setor a ter um aumento real de 30% no ano e fec
...O agronegócio brasileiro vem alcançando números significativos, com expectativa de um Valor Bruto da Produção acima de R$ 1 trilhão neste ano.
O cenário motivou o produtor a adquirir ou modernizar suas máquinas. Mesmo em um ano de pandemia como 2020, o segmento de máquinas e equipamentos agrícolas teve um aumento de 27%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O resultado é referente às vendas no mercado interno e as exportações. Já em 2021 projeta-se que a rentabilidade das commodities deva levar o setor a ter um aumento real de 30% no ano e fechar com o recorde de R$ 33 bilhões de faturamento. No entanto, há discordância entre alguns elos dessa cadeia.
Com a vacinação avançando e alguns setores da economia retormando a pleno vapor o cenário é positivo. Segundo o índice de confiança do agro, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), por exemplo, o setor atinge 119,9 pontos no segundo trimestre, alta de 2,4 pontos em relação aos três primeiros meses do ano.
Pela metodologia do índice, pontuações acima de 100 são consideradas como um cenário de otimismo entre os empresários da cadeia agropecuária.
Para o Diretor Comercial da empresa paulista MP Agro Máquinas Agrícolas, Daúd Falconi, existe uma situação que preocupa. Nesta safra muitos produtores tiveram perdas em função de clima e pragas, como é o caso de lavouras de milho. “Foi mais um balde de água fria em muito produtor e, também, na indústria” pondera.
Por outro lado a agricultura brasileira deu um salto em inovação para garantir o abastecimento neste período. As soluções digitais incluem desde o uso de imagens captadas por drones e satélites, passando pelo geoprocessamento e inteligência artificial, até máquinas conectadas.
“No Brasil, o comércio eletrônico mostrou como as tecnologias digitais podem colaborar para um ambiente mais aberto e produtivo durante situações de emergência. O cenário todo trouxe a demanda de sistemas digitais no meio rural, algo que levaria muitos anos, e que positivamente foi acelerado com a chegada do novo vírus” destaca.
Falconi aponta que 2022 deve mesclar otimismo e incertezas. Projeta-se um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos principais segmentos (arroz, milho, soja e derivados, açúcar, etanol e os três tipos de carnes), bem como na geração de empregos, apesar da mecanização.
Outro ponto favorável para o próximo ano é que, com o avanço da vacinação, será possível a retomada de eventos presenciais, ferramenta essencial para a conexão entre produtores e empresas que formam a cadeia do agronegócio e para apresentar as novidades produzidas ao público.
Mas ainda há um ponto que preocupa o segmento. A falta de peças e componentes para a indústria de máquinas e implementos agrícolas, que já tem provocado atrasos nas entregas e aumento nos preços de equipamentos.
“A agricultura, ao contrário de outros setores, não parou. Toda a demanda ficou reprimida, gerando alta no preço da matéria-prima e atrasos nas finalizações. Hoje a recomendação é para que os agricultores antecipem as compras, garantindo preços reduzidos e entrega”, finaliza o diretor.
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