Assessoria de Imprensa
24/03/2023 12h14 | Atualizada em 30/03/2023 08h53
A participação feminina na construção civil vem ganhando espaço nos últimos anos, mas ainda representa apenas 10% da mão de obra no setor. Na área de equipamentos, essa realidade é ainda mais desigual. Apenas 2% do contingente da operação é feminino, em um mercado onde 180 mil empresas contratam operadores de máquinas.
Para Paula Araújo, vice-presidente da New Holland Construction para a América do Sul, a diversidade no segmento de máquinas para construção é importante e necessária, a fim de se ter uma sociedade mais justa e humana.
Nesse sentido, a marca conta com o programa Junt
...A participação feminina na construção civil vem ganhando espaço nos últimos anos, mas ainda representa apenas 10% da mão de obra no setor. Na área de equipamentos, essa realidade é ainda mais desigual. Apenas 2% do contingente da operação é feminino, em um mercado onde 180 mil empresas contratam operadores de máquinas.
Para Paula Araújo, vice-presidente da New Holland Construction para a América do Sul, a diversidade no segmento de máquinas para construção é importante e necessária, a fim de se ter uma sociedade mais justa e humana.
Nesse sentido, a marca conta com o programa Juntas para Construir, no qual capacita, valoriza e concede oportunidades às mulheres para que elas possam atuar nesse segmento. “Precisamos trazer a inclusão para o mercado da construção, dando ferramentas para que as mulheres sintam que são capazes de atuar no setor, alcançando, assim, uma vida melhor”, disse a executiva no Webinar Sobratema Escassez e qualificação de mão de obra, que aconteceu no dia 23 de março.
Na avaliação de Janaina Duarte, gerente de SGI da Skava-Minas, o setor está no caminho para ampliar a participação das mulheres. “O que precisamos trabalhar é o empoderamento feminino”, pontou. A empresa já conta com mulheres em diversas áreas, desde a operação, com motoristas e operadoras, passando pela área administrativa até a liderança. “Elas são muito bem recebidas”.
O fato de o mercado de máquinas ser predominantemente masculino pode causar insegurança às mulheres, segundo Fernanda Mesquita Cruz, Brand Communication da New Holland Construction. “As empresas que vão contratá-las estão preparadas para bem recebê-las? Essa é uma pergunta importante, pois sabemos que na área administrativa, as companhias estão preparadas, mas a operação ainda é masculina”, analisou. Desse modo, a capacitação faz com as mulheres se sintam capazes de operar uma máquina de oito toneladas, retirando qualquer receio que possa surgir.
Outro ponto debatido no evento online da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) foi a escassez de mão de obra na área de máquinas para construção, que pode se acentuar nos próximos anos, pois esse segmento está aquecido, com crescimento nas vendas desde 2017.
Rodrigo Almeida, head de Recursos Humanos & ESG do Grupo Tracbel, lembrou que 41% das empresas não preenchem posições que exigem competências técnicas, o que está ligado ao ensino de baixa qualidade e a busca de jovens por empregos não convencionais.
“No Grupo Tracbel se leva 57 dias, em média, para contratar um técnico mecânico”, disse. Na empresa, um dos destaques é o programa Assistente Mecânico Tracbel, que resultou no recrutamento de duas mulheres e a mudança na vida de 20 jovens carentes. Nas primeiras turmas, 70% dos participantes foram absorvidos pelo mercado de trabalho.
De acordo com Luiz Gustavo Rocha, CEO do Grupo Tracbel, o problema estrutural referente à qualidade de educação no Brasil afeta o setor, mas também há a falta de um movimento unificado na área para que o mercado de máquinas para construção se torne mais atrativo para os jovens.
“Precisamos mostrar qual é o nosso propósito para nos tornarmos mais atraentes, pois estrutura, tecnologia, recursos em geral podem ser comprados, mas as pessoas não”, enfatizou. A seu ver, pela falta de infraestrutura no país pode ser que, em pouco tempo, corre-se o risco de ter um apagão de mão de obra técnica.
Ao analisar a questão do jovem, Jordão Coelho Duarte, diretor da Skava-Minas, destacou que eles possuem novas oportunidades no mercado, atrelando-as aos seus valores e condições de trabalhos e alinhando-as aos seus propósitos, culturas e ideias.
Comentou ainda que o operador ou mecânico precisam ser formados fora do canteiro de obras, em ambientes externos de aprendizagem, para posteriormente atuarem nesses locais, o que exige uma estrutura eficiente. Tratou também da velocidade da tecnologia nos equipamentos, que demanda uma atualização técnica constante dos profissionais.
Especificamente sobre a área de movimentação de cargas, Carlos Gabos, instrutor do Instituto OPUS de Capacitação Profissional da Sobratema, pontuou a importância da capacitação nesse segmento, que exige uma experiência para se fazer a operação com segurança.
“É uma área que não se admite meia capacitação pelos riscos de acidente”. Ele trouxe ainda a informação de que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) disponibilizou para consulta pública uma norma voltada para a certificação de terceira parte, que permitirá, que permitirá ao mercado a padronização e regulamentação das certificações dos profissionais de movimentação de carga. Para ele, os jovens têm a oportunidade de atuar nessa área desenvolvendo novas tecnologias para auxiliar na operação.
Mediado por Vagner Barbosa, o Webinar Sobratema Escassez e qualificação de mão de obra, teve a saudação do engenheiro Afonso Mamede, presidente da Sobratema e a mensagem de Rolf Pickert, diretor geral da Messe Muenchen do Brasil, e contou com o patrocínio da Komatsu, do Grupo Tracbel e da New Holland Construction, e o apoio do Movimento BW, da M&T Expo e do Instituto Opus de Capacitação Profissional.
O evento está disponível no Canal da Sobratema no YouTube.
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