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Mercado de guindastes cresce acima das máquinas para construção civil

Com a desaceleração tanto de obras públicas quanto do mercado imobiliário, os fabricantes têm registrado baixos índices de vendas, o que deve comprometer os resultados do setor neste ano

DCI

08/10/2014 08h25 | Atualizada em 15/10/2014 14h51

O mercado de máquinas para construção tem sentido a retração da atividade no Brasil. Mas, o segmento de guindastes está conseguindo manter os níveis de crescimento e os fabricantes comemoram, apesar do cenário adverso.

É o caso da empresa 100% brasileira PHD Guindastes, que projeta uma expansão de cerca de 50% para 2014, baseada principalmente na confiabilidade que a marca adquiriu no mercado.

De acordo com o diretor-geral da companhia gaúcha, Adão Marques, o setor de máquinas para construção recebeu diversas novas empresas nos últimos anos.

"Os clientes vêm testando muitas marcas, que não têm registrado boa receptividade. Mas nós temos conseguido mante

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O mercado de máquinas para construção tem sentido a retração da atividade no Brasil. Mas, o segmento de guindastes está conseguindo manter os níveis de crescimento e os fabricantes comemoram, apesar do cenário adverso.

É o caso da empresa 100% brasileira PHD Guindastes, que projeta uma expansão de cerca de 50% para 2014, baseada principalmente na confiabilidade que a marca adquiriu no mercado.

De acordo com o diretor-geral da companhia gaúcha, Adão Marques, o setor de máquinas para construção recebeu diversas novas empresas nos últimos anos.

"Os clientes vêm testando muitas marcas, que não têm registrado boa receptividade. Mas nós temos conseguido manter nossos consumidores", comemora o executivo.

Produzidos em duas unidades, os guindastes da PHD custam entre R$ 40 mil e até R$ 600 mil. "Acabamos de vender uma dessas para a Petrobras", diz Marques.

No ano passado, a PHD fabricou 600 guindastes sobre as cerca de 700 unidades de 2012. "Ultimamente, o mercado vem enfrentando uma forte desaceleração", conta.

Cenário

O executivo da PHD explica que, além do desaquecimento da construção civil, houve uma entrada significativa de novas marcas no Brasil, atraídas pelo boom imobiliário de meados de 2011. Com isso, o mercado de máquinas e equipamento para a atividade ficou superestocado.

Marques acrescenta ainda que a frota circulante dos guindastes PHD gira em torno de 8 mil unidades. "Prezamos muito pelo pós-venda, pois isso nos garante fidelização dos clientes", acredita.

Esse é um dos fatores que, na opinião do diretor da PHD, tem prejudicado marcas que não possuem produção local. "O segmento de máquinas para construção necessita de assistência e peças de reposição à disposição por muito tempo", explica Marques.

No mercado de máquinas para construção, o financiamento do BNDES para bens de capital (Finame) é praticamente obrigatório para garantir as vendas. Porém, para se ter o Finame, os fabricantes precisam cumprir índice de conteúdo local mínimo de 60%.

Esse é o motivo pelo qual a gigante chinesa Sany espera nacionalizar a sua linha de guindastes na planta de São José dos Campos (SP).

Os fabricantes locais estão disputando um mercado que está crescendo acima do setor de máquinas para construção em geral. Segundo dados da entidade Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, enquanto o segmento de linha amarela deve registrar queda neste ano, o negócio de guindastes deve crescer, ainda que de forma tímida. Neste cenário, a brasileira PHD está otimista.

"Já possuímos o Finame e estamos ampliando o leque de produtos através de investimentos de capital próprio", diz Marques. O executivo afirma ainda que a empresa projeta atingir, em 2016, um faturamento de R$ 100 milhões.

Com a expansão, a PHD está investindo em uma terceira unidade fabril no País. "Teremos três fábricas no Brasil para atender a demanda de forma satisfatória", avalia o diretor da companhia.

 

 

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