Bloomberg Línea
16/02/2023 16h09
A manutenção do cenário de juros elevados no Brasil deve estimular a demanda pela locação de veículos pesados em 2023, em vez da aquisição de caminhões, tratores e outras máquinas da Linha Amarela como empilhadeiras e escavadeiras.
Essa é a expectativa de Gustavo Couto, CEO da Vamos, empresa do Grupo Simpar, que elevou em 115% seu lucro líquido no quarto trimestre, na comparação anual, atingindo R$ 254,3 milhões, maior valor de sua história.
Com lucro recorde, a Vamos reduz alavancagem com venda de carteira de recebíveis
Em entrevista à Bloomberg Línea, o executivo apontou a e
...A manutenção do cenário de juros elevados no Brasil deve estimular a demanda pela locação de veículos pesados em 2023, em vez da aquisição de caminhões, tratores e outras máquinas da Linha Amarela como empilhadeiras e escavadeiras.
Essa é a expectativa de Gustavo Couto, CEO da Vamos, empresa do Grupo Simpar, que elevou em 115% seu lucro líquido no quarto trimestre, na comparação anual, atingindo R$ 254,3 milhões, maior valor de sua história.
Com lucro recorde, a Vamos reduz alavancagem com venda de carteira de recebíveis
Em entrevista à Bloomberg Línea, o executivo apontou a expansão do agronegócio no Centro-Oeste como uma das alavancas do crescimento das receitas da Vamos, já que a área de cultivo está sendo ampliada para a safra de soja, algodão, milho e outras commodities agrícolas deste ano, com os produtores rurais buscando reduzir os custos e aderindo ao modelo de locação de veículos pesados.
“A logística de grãos e os produtores de sementes estão com um interesse maior no aluguel de veículos. Eles estão expandindo suas áreas de plantio e estão descobrindo as vantagens do nosso modelo de locação”, afirmou Couto.
No Sudeste, alugar caminhões e tratores já é mais comum do que no Centro-Oeste, segundo o executivo, apontando a empresas do setor sucroalcooleiro como clientes relevantes da companhia principalmente no interior de São Paulo.
“Vemos oportunidades gigantescas de negócios no segmento agrícola”, reconheceu Couto.
No quarto trimestre, a companhia elevou em 72,4% sua receita líquida no intervalo de três meses, totalizando R$ 1,391 bilhão. Em 2022, a Vamos apurou uma receita líquida de R$ 4,913 bilhões (+74%) e lucro de R$ 668, milhões (+66,2%). “Na Vamos, 30% do nosso negócio vem do agro”, disse o CEO.
Segundo o executivo, a locação de veículos representa uma economia de até 30% na comparação com a aquisição.
“Com as taxas de juros em patamar elevado, o empresário pensa duas, três vezes antes de renovar sua frota e fica mais aberto a alugar o veículo”, afirmou Couto.
Crescimento – Diante do fato de que apenas 1% da frota brasileira de veículos pesados é usada para locação, o CEO da Vamos acredita que a companhia ainda tem espaço amplo para acelerar o crescimento de suas receitas em 2023, embora a companhia não forneça guidance (projeção) ao mercado sobre isso.
“Vamos investir mais na aquisição de veículos neste ano”, disse Couto.
No quarto trimestre, o capex (investimento) contratado da companhia atingiu R$ 1 bilhão, alta anual de 66%. No acumulado de 2022, foram R$ 5,5 bilhões em capex, superando o guidance previsto para o ano e 62,1% maior em relação ao ano de 2021. Já o capex implantado foi recorde, com R$ 1,476 bilhão realizado no quarto trimestre, alta de 191,4% em 12 meses, e de R$ 4,845 bilhões em 2022 (+133%).
“Estamos só começando. Vamos acelerar nosso crescimento, mesmo que haja corte de juros neste ano. Temos um modelo único de negócio em que compramos, vendemos, trocamos e alugamos veículos”, afirmou o CEO da Vamos.
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