Assessoria de Imprensa
12/10/2021 11h00
Por Douglas Rocha*
As máquinas agrícolas estão cada vez mais tecnológicas. Com investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o campo se tornou um ambiente de inovação, permitindo que sucessivos recordes de safra sejam alcançados, aliando produtividade e sustentabilidade.
Transformadas à semelhança de uma típica linha industrial, as lavouras modernas trazem consigo preocupações que vão além da produção e, assim como em fábricas, questões relacionadas à prevenção de acidentes e à manutenção programada também devem compor o dia a dia do prod
...Por Douglas Rocha*
As máquinas agrícolas estão cada vez mais tecnológicas. Com investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o campo se tornou um ambiente de inovação, permitindo que sucessivos recordes de safra sejam alcançados, aliando produtividade e sustentabilidade.
Transformadas à semelhança de uma típica linha industrial, as lavouras modernas trazem consigo preocupações que vão além da produção e, assim como em fábricas, questões relacionadas à prevenção de acidentes e à manutenção programada também devem compor o dia a dia do produtor.
O uso inadequado e o estado de conservação dos equipamentos contribuem para os acidentes em campo – e os incêndios estão entre as consequências mais frequentes. As máquinas agrícolas contêm material inflamável que, submetido a condições climáticas adversas, como calor intenso, vento e períodos de longa estiagem, aumenta a probabilidade de ocorrências.
Em colheitadeira de grãos e colhedoras de cana, por exemplo, a combinação de materiais combustíveis – presentes nas frentes de colheitas e nas próprias colhedoras (palha, óleo diesel, óleo hidráulico) –, associada às diversas fontes de ignição disponíveis (alta temperatura das tubulações e do motor, curtos-circuitos em cabos elétricos, atritos de partes metálicas), proporciona um ambiente altamente propício a incêndios.
Os prejuízos causados pelo fogo podem ir além dos econômicos e colocar em risco a vida de quem está no campo. Contudo, a redução dessas possibilidades passa por ações preventivas a partir de uma boa limpeza ainda durante os intervalos da operação na lavoura.
A limpeza a seco é uma constante e deve sempre fazer parte do dia a dia de quem trabalha com equipamentos no campo.
Usando equipamentos de EPIs (Equipamento de Proteção Individual), dentre eles touca, óculos e perneira, e com ajuda de ferramentas adequadas, como espátulas e ganchos, o operador deve realizar a limpeza de colhedoras, tratores e transbordo circulando ao redor da máquina, retirando os detritos visíveis, como palhas, folhas, palmitos, ponteiras, pedaços de canas e matos.
Além disso, dentro do planejamento de colheita, existem as manutenções programadas e a obrigatoriedade diária não somente da limpeza, mas também da lavagem da máquina – não se deve utilizar nenhum produto químico no processo de lavagem, porém, se algum líquido for utilizado, deverá ser neutro, sem impactos ao meio ambiente.
Outro ponto indispensável é o registro das datas de quando as limpezas acontecem.
Prevenção – Para mitigar o risco de incêndio, é indispensável também que as máquinas sejam submetidas às manutenções programadas.
Os fabricantes estão atentos às necessidades de ajustes e adaptações que cada operação requer, com apoio de engenheiros especializados no produto.
As máquinas mais modernas e tecnológicas contam com recursos que alertam para possíveis problemas. Porém, ainda que o operador tenha amplo conhecimento do equipamento, é fundamental manter-se atento a qualquer sinal de anormalidade.
Além das medidas destacadas anteriormente, mais práticas preventivas são recomendadas, incluindo:
O longo período de estiagem e as geadas, com queima da vegetação, pastos, diversas culturas e amplas áreas de canas, estão fazendo de 2021 um ano atípico, o que amplifica os riscos de incêndios.
É necessário, portanto, diante de um cenário adverso, redobrar a atenção em relação aos cuidados preventivos, à limpeza correta das máquinas e seguir à risca a manutenção programada recomendada pelos fabricantes.
*Douglas Rocha é coordenador comercial key account da AGCO
27 de novembro 2024
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