Ainda em março, a seção brasileira da IPAF (International Powered Access Federation) apresentará ao Ministério do Trabalho uma proposta de revisão no anexo 4 da norma NR18, que trata de segurança de trabalhadores e máquinas nos canteiros de obras no país.

A mudança visa exigir maior capacitação dos operadores de plataformas, com o objetivo de reduzir os acidentes. A partir da aceitação do Ministério, a mão de obra oferecida nas plataformas aéreas passará a ter melhor qualificação técnica, com a emissão de um certificado que garanta que o operador está apto a exercer a função.

De acordo com Fábio Cunzolo, diretor da empresa de elevação de cargas Cunzolo e membro da IPAF desde 2006 – quando a entidade sequer estava estabelecida no Brasil –, as mudanças permitirão que os operadores recebam treinamento adequado para atuar com os diferentes tipos de equipamento, reduzindo consideravelmente o risco de acidentes.

“No Brasil, temos pouco mais de 10 anos operando com plataformas aéreas”, explica Fábio. “Portanto, temos muito que aprender junto à IPAF, tanto em termos de operação segura, como em prevenção de acidentes e treinamento para operadores de plataformas.”

Organização sem fins lucrativos criada em 1983 para promover a segurança das operações com plataformas aéreas ao redor do mundo, a IPAF é responsável por indicar alterações necessárias no design, segurança e procedimentos de testes estabelecidos pela indústria de plataformas elevatórias, mantendo ainda um programa mundial de treinamento pelo qual passam mais de 80 mil operadores por ano.

Em seu primeiro ano no país, a federação reúne mensalmente os representantes de fabricantes, distribuidores, usuários e empresas de locação do setor.