Tendências
O Estado de S. Paulo
13/12/2017 09h08 | Atualizada em 20/12/2017 11h54
A balança comercial começa a registrar os efeitos da retomada dos investimentos. Ao aumento natural da demanda de bens de consumo à medida que se aproxima o fim do ano, soma-se agora o crescimento das importações de bens de produção.
As importações alcançaram US$ 13,142 bilhões em novembro, com alta de 14,7% em confronto com o mesmo mês de 2016.
Aumentaram as importações de combustíveis e lubrificantes (69,2%) e de bens de consumo (20%).
Mas, cresceram também as compras de máquinas e equipamentos, que no mês passado foram 10,8% maiores do que as de novembro do ano passado. São investimentos da indústria na ampliação da capacidade produtiva ou n
...A balança comercial começa a registrar os efeitos da retomada dos investimentos. Ao aumento natural da demanda de bens de consumo à medida que se aproxima o fim do ano, soma-se agora o crescimento das importações de bens de produção.
As importações alcançaram US$ 13,142 bilhões em novembro, com alta de 14,7% em confronto com o mesmo mês de 2016.
Aumentaram as importações de combustíveis e lubrificantes (69,2%) e de bens de consumo (20%).
Mas, cresceram também as compras de máquinas e equipamentos, que no mês passado foram 10,8% maiores do que as de novembro do ano passado. São investimentos da indústria na ampliação da capacidade produtiva ou na modernização tecnológica, fortalecendo uma tendência que se esboçava desde o terceiro trimestre.
O aumento das importações ocorre num momento em que a balança comercial mostra uma situação folgada. As exportações não deixaram de aumentar, chegando a US$ 16,688 bilhões em novembro, alta de 2,9% em relação ao mesmo mês de 2016. Elas foram favorecidas por aumento de volume e pela alta das commodities.
Com um saldo de US$ 3,546 bilhões em novembro, o superávit acumulado no ano elevou-se para pouco mais de US$ 62 bilhões.
Embora o movimento do comércio exterior tenda a ser fraco em dezembro, parece assegurado que o saldo anual será de cerca de US$ 65 bilhões, um recorde histórico.
O quadro tende a ser diferente em 2018. É possível que as exportações mantenham o embalo, mas, com o aquecimento da economia, as importações devem ser mais vigorosas, afetando o saldo comercial, que, pela projeção do Banco Central, cairia para US$ 51 bilhões.
As importações de bens de consumo devem elevar-se para atender a uma demanda mais aquecida.
De outra parte, espera-se uma saudável reação da indústria, que poderá fazer investimentos mais pesados, inclusive para manter a competitividade nos mercados interno e externo.
Isso deve significar aumento não só das compras no exterior de insumos industriais, mas, sobretudo de máquinas e equipamentos.
O crescimento da economia será tanto mais firme quanto maior for o avanço da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – e já surgem sinais animadores de que isso poderá ocorrer a partir de 2018, num novo ciclo de expansão da economia.
28 de julho 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade