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Investidor estrangeiro pode fazer a diferença nos leilões

Com companhias locais mais cautelosas e o real desvalorizado, grandes grupos internacionais avaliam as vantagens e desvantagens de se operar em solo brasileiro

DCI

13/04/2016 13h58 | Atualizada em 20/04/2016 15h57

Frente a um cenário recessivo, o governo tenta acelerar as concessões em infraestrutura. No entanto, com empresas brasileiras cautelosas e a desvalorização do real, o investimento estrangeiro pode ser a saída para conseguir levar os projetos adiante.

Segundo Élcio Gomes da Rocha, economista-chefe do Banco do Brasil, sem estabilidade política e com taxa de poupança agregada baixa, o investidor estrangeiro é a melhor alternativa.

"A Taxa Interna de Retorno dos projetos está adequada para atrair investimento externo."

De acordo com o economista, investidores chineses são os mais interessados. "A China tem disponibilidade de recursos, mas eles vão para o pa

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Frente a um cenário recessivo, o governo tenta acelerar as concessões em infraestrutura. No entanto, com empresas brasileiras cautelosas e a desvalorização do real, o investimento estrangeiro pode ser a saída para conseguir levar os projetos adiante.

Segundo Élcio Gomes da Rocha, economista-chefe do Banco do Brasil, sem estabilidade política e com taxa de poupança agregada baixa, o investidor estrangeiro é a melhor alternativa.

"A Taxa Interna de Retorno dos projetos está adequada para atrair investimento externo."

De acordo com o economista, investidores chineses são os mais interessados. "A China tem disponibilidade de recursos, mas eles vão para o país que tiver estabilidade de regra", afirmou o executivo durante a Intermodal Souh America.

Exemplo disso, a China Railway Group Limited (Crec) e a RZD Russian Railways são candidatas a participar de concessões. Entre os focos estão as ferrovias e os portos.

"Preparamos um estudo de viabilidade para os russos, que são muito eficientes nesse tipo de gestão", diz um advogado ligado ao tema, que falou sob condição de anonimato.

Conforme o advogado, os chineses possuem cerca de US$ 8 bilhões para investimento na América do Sul. "O objetivo é simples, diminuir a dependência dos Estados Unidos no fluxo de commodities da região", diz, lembrando que, para entrada no Brasil, ambas empresas esperam um sócio estratégico.

Encontrar o parceiro ideal também é a meta de uma comitiva de empresários espanhóis que desembarcaram semana passada em São Paulo.

Representantes do Porto de Las Palmas, em Ilhas Canárias, na Espanha, aterrissaram no Brasil com uma missão: buscar investidores para o porto espanhol e encontrar oportunidades de negócios aqui.

"A comitiva identifica muito potencial no mercado brasileiro, principalmente em função da commodities", comenta Monroe Olsen, advogado da Andersen Ballão, escritório que acompanha estrangeiros.

Quem também se mostrou interessado em leilões no país é a operadora de aeroportos alemã Fraport. Semana passada, a empresa soltou um comunicado dizendo que há previsão de fazer oferta por dois terminais no Brasil, contanto que as licitações ocorram este ano.

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