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Valor Econômico
28/03/2014 12h33 | Atualizada em 02/04/2014 12h34
Empresas especializadas em infraestrutura, especialmente de petróleo e gás, encabeçaram as maiores captações externas dos últimos meses e devem continuar no centro das atenções.
A previsão é de que serão investidos R$ 368 bilhões em infraestrutura e mais R$ 344 bilhões em petróleo e gás até 2016, de acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O BNDES tem sido o principal financiador, mas já sinalizou que vai reduzir sua participação gradualmente.
"Será necessário fechar o gap, com operações que combinem recursos em dólares e em reais", afirma Tatiana Mendes Catta Preta
...Empresas especializadas em infraestrutura, especialmente de petróleo e gás, encabeçaram as maiores captações externas dos últimos meses e devem continuar no centro das atenções.
A previsão é de que serão investidos R$ 368 bilhões em infraestrutura e mais R$ 344 bilhões em petróleo e gás até 2016, de acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O BNDES tem sido o principal financiador, mas já sinalizou que vai reduzir sua participação gradualmente.
"Será necessário fechar o gap, com operações que combinem recursos em dólares e em reais", afirma Tatiana Mendes Catta Preta, chefe da área de project finance para o Brasil do Bank of Tokyo Mitsubishi UFJ. Segundo Tatiana, não falta interesse de outras fontes de financiamento: "Há apetite internacional para financiar projetos no país".
O diretor de global banking do HSBC, Alexandre Guião, concorda que o setor de infraestrutura, incluindo petróleo e gás, vai continuar em evidência no mercado de crédito por muitos anos por causa das perspectivas de investimento.
Os bancos, especialmente os internacionais, já competem intensamente no financiamento de projetos de petróleo e gás, candidatos naturais a levantar recursos no exterior, porque têm receita atrelada ao dólar, o que evita o descasamento de moeda, uma das condições ideais para a operação, de acordo com Rodrigo Fittipaldi, responsável pela área de mercado de capitais do BNP Paribas.
Foi a Petrobras que realizou a maior captação externa até agora neste ano, US$ 8,5 bilhões. Outro exemplo é a Odebrecht Óleo e Gás, cuja subsidiária Odebrecht Offshore Drilling Finance levantou US$ 580 milhões neste ano.
A operação da Odebrecht, da qual participaram o HSBC e o BNP Paribas, além de outros bancos, ilustra o interesse do mercado: a demanda foi cerca de dez vezes superior à oferta de títulos. Os recursos destinam-se a refinanciar empréstimo tomado para financiar a construção de plataforma de exploração.
28 de julho 2020
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