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Importados usados concorrem com locadoras de guindastes

O Estado de S.Paulo

20/03/2012 10h58 | Atualizada em 20/03/2012 17h25

Apesar da expansão dos projetos de infraestrutura, quase metade da frota de guindastes pesados acima de 500 t está parada nos pátios das empresas de locação e cerca de três mil trabalhadores estão de braços cruzados por falta de serviço.

Para o setor de içamento e transportes de cargas especiais, o mercado está sendo atendido por importações de equipamentos usados, provenientes principalmente da Europa e que chegam em regime de importação temporária. O problema ocorre porque a regra brasileira de importações abre brechas para uma concorrência desleal com as empresas nacionais de locação.

Ao entrarem no Brasil na modalidade temporária, as empresas estrangeiras são obrigadas a pagar, por mês, apenas 1% de imposto sobre o va

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Apesar da expansão dos projetos de infraestrutura, quase metade da frota de guindastes pesados acima de 500 t está parada nos pátios das empresas de locação e cerca de três mil trabalhadores estão de braços cruzados por falta de serviço.

Para o setor de içamento e transportes de cargas especiais, o mercado está sendo atendido por importações de equipamentos usados, provenientes principalmente da Europa e que chegam em regime de importação temporária. O problema ocorre porque a regra brasileira de importações abre brechas para uma concorrência desleal com as empresas nacionais de locação.

Ao entrarem no Brasil na modalidade temporária, as empresas estrangeiras são obrigadas a pagar, por mês, apenas 1% de imposto sobre o valor declarado do bem. Já o equipamento comprado pelas empresas nacionais no exterior está sujeito a 30% de imposto sobre o valor do produto.

"Virou uma concorrência predatória", afirma o consultor José Aparecido Bastazini, que representa quatro entidades dos setores de transportes, logística e máquinas e equipamentos. “Temos 48 guindastes, de R$ 500 milhões, parados por causa dos importados.”

Boa parte dos guindastes importados vai para o Nordeste para operar na construção dos parques eólicos, cuja cadeia produtiva está se desenvolvendo agora com os leilões de energia. "Não produzimos guindastes no Brasil e os projetos eólicos exigem equipamentos de 500 ou 600 toneladas", justifica Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Mas o fato é que, mesmo sem produção nacional, as locadoras têm equipamentos de sobra para atender a demanda. "Tenho dois guindastes de 1.200 toneladas parados no pátio por falta de demanda”, afirma Washington Moura, diretor do Grupo Tomé. “A empresa está com 40% da frota de guindastes pesados parada.”

Além disso, muitas empresas trazem não apenas os guindastes, mas também a mão de obra. Até dezembro, o governo já havia negado visto para cerca de 1.200 trabalhadores que viriam ao país operar os guindastes, trabalho que pode ser realizado por brasileiros.

 

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