Abimei
05/10/2021 11h00 | Atualizada em 05/10/2021 12h51
Com crescimento agregado de 33,1% em julho frente ao mesmo mês do ano anterior, o setor de bens de capital registrou a 11ª taxa positiva consecutiva no país.
Segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia), o resultado foi influenciado pelas altas na maior parte dos grupamentos, com destaque para bens de capital para construção (67%).
As demais taxas positivas vieram de equipamentos de transporte (56,5%), máquinas industriais (15%), equipamentos de uso misto (15,2%) e agrícolas (15%).
A pesquisa aponta ainda que, no geral, a produção industrial obteve avanço de 1,2% frente a julho de 2020. Entre as
...Com crescimento agregado de 33,1% em julho frente ao mesmo mês do ano anterior, o setor de bens de capital registrou a 11ª taxa positiva consecutiva no país.
Segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia), o resultado foi influenciado pelas altas na maior parte dos grupamentos, com destaque para bens de capital para construção (67%).
As demais taxas positivas vieram de equipamentos de transporte (56,5%), máquinas industriais (15%), equipamentos de uso misto (15,2%) e agrícolas (15%).
A pesquisa aponta ainda que, no geral, a produção industrial obteve avanço de 1,2% frente a julho de 2020. Entre as atividades, o setor de máquinas e equipamentos é uma das principais influências positivas, correspondendo à alta de 26,2%.
“Esse aumento de 33,1% na importação de bens de capital demonstra que houve uma reversão de tendência, com as indústrias percebendo que importar bens intermediários e componentes, para serem agregados e montados a produtos manufaturados aqui no Brasil, pode causar riscos e prejuízos”, comenta Paulo Castelo Branco, economista e presidente executivo da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais).
O especialista acrescenta que a pandemia mudou o contexto de importação de máquinas e equipamentos no país. No início de março de 2020, a importação de máquinas praticamente parou por cerca de dois meses, devido à necessidade de prevenir contaminação por Covid-19 e à perspectiva de que não haveria consumo ou compras pelas empresas de máquinas.
Mas a indústria brasileira começou a reagir. Segundo ele, o setor produtivo aumentou o interesse por importações de máquinas e equipamentos industriais com alta tecnologia embarcada, mesmo com o aumento exagerado do dólar.
“A partir de meados de 2020, a demanda por produtos industriais começou a operar em alta, pois as máquinas que estavam no estoque em foram comercializadas e os produtos acabaram se esgotaram”, aponta Castelo Branco. “Não há alternativa, se o setor quiser produzir com competitividade."
27 de novembro 2024
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