Tendências
Valor Econômico
06/08/2014 22h07 | Atualizada em 13/08/2014 16h55
Os dados do comércio exterior de bens de capital do primeiro semestre trouxeram pelo menos dois aspectos positivos. O primeiro é a redução do déficit do país no segmento - na conta que desconsidera as plataformas de petróleo.
O segundo fator é que apontam que alguns subsetores dentro do segmento de bens de capital conseguiram ampliar a exportação.
De acordo com economistas como Lia Valls, professora da FGV, destacam, no entanto, que a redução do déficit - de US$ 11,5 bilhões, no primeiro semestre de 2013, para US$ 9,5 bilhões no primeiro semestre de 2014, segundo a Funcex - ocorreu mais por um recuo das importações do que por um amplo crescimento das exportaçõe
...Os dados do comércio exterior de bens de capital do primeiro semestre trouxeram pelo menos dois aspectos positivos. O primeiro é a redução do déficit do país no segmento - na conta que desconsidera as plataformas de petróleo.
O segundo fator é que apontam que alguns subsetores dentro do segmento de bens de capital conseguiram ampliar a exportação.
De acordo com economistas como Lia Valls, professora da FGV, destacam, no entanto, que a redução do déficit - de US$ 11,5 bilhões, no primeiro semestre de 2013, para US$ 9,5 bilhões no primeiro semestre de 2014, segundo a Funcex - ocorreu mais por um recuo das importações do que por um amplo crescimento das exportações. E que mesmo o aumento das exportações se deu apenas em alguns poucos subsetores.
No total, das 15 subcategorias mapeadas pela Funcex, 8 registraram crescimento no volume embarcado. No total, o crescimento em bens de capital exportados na primeira metade do ano foi de apenas 4,2%. Essa conta exclui o efeito das plataformas de petróleo embarcadas no primeiro semestre de 2013, que distorcem as estatísticas. Com elas na base de comparação, as exportações de bens de capital recuaram 23,3%.
Entre os setores que tiveram aumento estão, por exemplo, ferramentas e acessórios para máquinas (96,7%) e aviões e outros aparelhos (6,2%). A última subcategoria foi responsável por um quinto de todo aumento de exportação de bens de capital.
Para Mario Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, o crescimento nas exportações de alguns segmentos não representa recuperação geral. Ele afirma que boa parte desse aumento decorreu da fabricação de algumas máquinas e equipamentos feita por multinacionais instaladas no Brasil.
“Essa produção sofre menos com a variação cambial e segue outros determinantes, como o fornecimento para outras filiais ao redor do mundo em razão da atuação em cadeias globais de produção”, diz.
28 de julho 2020
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