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Impactos das tarifas para fabricantes europeus chegam a € 2,8 bilhões

Além do aspecto financeiro, o cálculo do teor de aço e alumínio das máquinas transforma o comércio transatlântico em um monstro burocrático, avalia o CECE

Assessoria de Imprensa

08/09/2025 08h19

Em uma decisão considerada inesperada, o governo dos EUA ampliou o escopo das tarifas sobre aço e alumínio para cobrir 400 códigos alfandegários adicionais, incluindo equipamentos de construção e mineração.

Assim, a tarifa para máquinas será aplicada em 50% sobre o valor de seu conteúdo em aço, mais uma tarifa básica de 15% para o restante da máquina.

Isso significa que a alíquota efetiva ficará entre 15% e muito próxima de 50%, tornando significativamente mais desafiador o comércio transatlântico.

No ano passado, as exportações de equipamentos de constru&

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Em uma decisão considerada inesperada, o governo dos EUA ampliou o escopo das tarifas sobre aço e alumínio para cobrir 400 códigos alfandegários adicionais, incluindo equipamentos de construção e mineração.

Assim, a tarifa para máquinas será aplicada em 50% sobre o valor de seu conteúdo em aço, mais uma tarifa básica de 15% para o restante da máquina.

Isso significa que a alíquota efetiva ficará entre 15% e muito próxima de 50%, tornando significativamente mais desafiador o comércio transatlântico.

No ano passado, as exportações de equipamentos de construção da União Europeia (UE) para os EUA totalizaram € 3,49 bilhões, representando 27% de todas as exportações extracomunitárias do bloco.

Os novos códigos aduaneiros cobrem 80% desse fluxo comercial, colocando em risco aproximadamente € 2,8 bilhões em exportações da UE.

“Apelamos à Comissão Europeia para que negocie urgentemente um acordo visando excluir as exportações europeias de equipamentos de construção do âmbito das tarifas sobre aço, alumínio, cobre e derivados relacionados”, afirma Riccardo Viaggi, secretário-geral do CECE (Committee for European Construction Equipment).

Além disso, o governo dos EUA anunciou que a lista de códigos tarifários será revista a cada quatro meses, aumentando ainda mais a imprevisibilidade.

Para o CECE, o cálculo do teor de aço e alumínio das máquinas “transforma a implementação em um monstro burocrático”, tanto para os fabricantes quanto para as autoridades alfandegárias dos EUA.

“Assim, o acesso ao mercado torna-se desproporcionalmente difícil e os fabricantes sujeitos a enormes riscos de erros, com consequências jurídicas”, avalia o comitê europeu.

“Os efeitos das tarifas são dramáticos em termos de aumento de custos, encargos administrativos e desafios à estabilidade e previsibilidade para os operadores econômicos”, prossegue.

De acordo com o CECE, a indústria da construção dos EUA depende de equipamentos de alta tecnologia, muitas vezes importados da Europa.

“Tornar desnecessariamente mais caras as máquinas de construção — tanto importadas como produzidas nos EUA — através da introdução de tarifas prejudicará ainda mais as perspectivas econômicas de uma indústria que já se encontra em recessão”, finaliza a entidade setorial.

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