Na perspectiva de acelerar obras de infraestrutura e melhorar a mobilidade, o governo do Estado de São Paulo anunciou semana passada a criação de um fundo específico para o setor. Com patrimônio de R$ 1 bilhão, o objetivo do InfraPaulista é receber projetos em 2016.

A criação do fundo acontece através da Agência de Desenvolvimento Paulista, e da gestora de fundos Brasil Plural. Segundo o governador Geraldo Alckmin, a partir de janeiro inscrições de projetos já poderão ser realizadas.

De acordo com o governo, a iniciativa tem como objetivo atrair interessados em investir em projetos como portos, aeroportos, geração de energia limpa, iluminação pública e transporte sobre trilhos, entre outros ativos.

Os projetos deverão ser elaborados e realizados pela iniciativa privada, e o retorno do investimento do fundo nos projetos ocorrerá de acordo com os modelos de parcerias público-privadas (PPP), concessões ou operações exclusivamente privadas.

O InfraPaulista será criado pela gestora de fundos da Brasil Plural, com a Desenvolve SP atuando como advisor, ou seja, responsável por apresentar os projetos de infraestrutura ao fundo, que por sua vez irá avaliar a viabilidade e decidir sobre o investimento.

Poderão participar como cotistas do fundo investidores privados, fundos de pensão de municípios, fundos de previdência e organismos multilaterais, entre outros.

O Brasil Plural foi escolhido como gestor do fundo após lançamento, em junho, de edital público pela Desenvolve SP. O gestor será responsável por analisar a viabilidade técnica e financeira dos projetos apresentados, cujo aporte será decidido por um comitê de investimentos do fundo.

Além do lançamento do InfraPaulista, o governo de São Paulo também anunciou que a Desenvolve SP atingiu a marca de R$ 2 bilhões em financiamentos para empresas e prefeituras paulistas, o que coloca a instituição como uma das cinco maiores entidades de fomento do Brasil em saldo de carteira.

Em pouco mais de seis anos, a agência atendeu mais de 1.370 empresas e prefeituras em 246 municípios paulistas.

Segundo o governo, 67% desses recursos tiveram como destino o interior do Estado, enquanto a região metropolitana recebeu 33%.

Na análise por setores, a indústria foi o destino de 47% do total financiado, enquanto os serviços foram responsáveis por 32% dos desembolsos. O setor público ficou com 16%, e o comércio recebeu 5%.