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Gigantes ajudam fornecedores para garantir fluxo de produção

Multinacionais precisaram resgatar pequenos fabricantes, com graves problemas financeiros causados pela crise, para impedir que a cadeia produtiva deixasse de funcionar

DCI

25/01/2017 00h00 | Atualizada em 01/02/2017 11h15

Gigantes da indústria de autopeças estão se preparando para uma retomada gradual do mercado brasileiro.

No entanto, o desmonte da cadeia produtiva tem obrigado essas empresas a resgatar seus fornecedores-chave para garantir o fluxo de produção.

A ZF, considerada uma das maiores fabricantes de autopeças do mundo e líder global em transmissões, teve que fazer parcerias com fornecedores estratégicos no Brasil para assegurar as entregas da companhia.

"A cadeia de autopeças no país é composta, em grande parte, por empresas familiares, de pequeno e médio porte, que apresentam problemas financeiros graves", afirma Silvio Furtado, diretor de vendas da ZF na Amé

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Gigantes da indústria de autopeças estão se preparando para uma retomada gradual do mercado brasileiro.

No entanto, o desmonte da cadeia produtiva tem obrigado essas empresas a resgatar seus fornecedores-chave para garantir o fluxo de produção.

A ZF, considerada uma das maiores fabricantes de autopeças do mundo e líder global em transmissões, teve que fazer parcerias com fornecedores estratégicos no Brasil para assegurar as entregas da companhia.

"A cadeia de autopeças no país é composta, em grande parte, por empresas familiares, de pequeno e médio porte, que apresentam problemas financeiros graves", afirma Silvio Furtado, diretor de vendas da ZF na América do Sul.

Ele conta que a empresa precisou até comprar matérias-primas para alguns de seus fornecedores-chave a fim de garantir o fluxo de produção da ZF no mercado brasileiro.

"Essa foi uma forma de melhorar o fluxo de caixa dessas empresas e até impedir que algumas delas quebrassem."

Através de um programa vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a ZF capacita e estimula o desenvolvimento de aproximadamente 25 fornecedores estratégicos dos níveis 2 e 3 da cadeia (componentes e insumos), os chamados Tiers 2 e 3. Programa semelhante foi adotado também pela Bosch.

"Talvez nem conseguiríamos produzir se não fosse essa parceria", comenta o diretor da ZF. Ele lembra que o mercado de veículos comerciais produzia acima de 200 mil unidades há pouco mais de dois anos.

"Toda a cadeia se preparou para atender a essa demanda, que acabou sendo reduzida drasticamente", salienta Furtado.

O presidente da FPT Industrial na América Latina, Marco Rangel, conta que é difícil desenvolver uma nova base de fornecedores porque o processo produtivo da empresa é altamente tecnológico, o que requer parceiros consolidados.

"Nossos fornecedores dos Tiers 2 e 3 sofreram muito. Alguns deles inclusive buscaram apoio do nosso banco."

Ele explica que a FPT concluiu no ano passado a linha completa de lançamentos dos novos motores para máquinas agrícolas e para construção dentro da nova legislação de emissões (MAR-I).

"Nossos investimentos continuaram mesmo com a crise e não poderíamos deixar de contar com nossa base de fornecedores", acrescenta.

O executivo garante que o objetivo da FPT é fortalecer ainda mais a base de fornecedores. "Precisamos garantir uma escala global de produção", pontua.

 

 

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