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O Estado de S.Paulo
16/05/2017 15h27 | Atualizada em 24/05/2017 12h42
Anunciado há dois anos, durante visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, o fundo binacional para financiar empreendimentos no Brasil começa a funcionar em 1º de junho, segundo Jorge Arbache, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento.
Mas, em vez dos US$ 50 bilhões prometidos à época, o valor inicial será de US$ 20 bilhões, a serem aportados na proporção de um dólar do Brasil para cada três da China.
O Fundo China será lançado no dia 30, durante o Brasil Investment Forum, evento que contará com a presença do presidente Michel Temer e CEOs de grandes grupos internacionais.
Na ocasião, será anunciada uma list
...Anunciado há dois anos, durante visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, o fundo binacional para financiar empreendimentos no Brasil começa a funcionar em 1º de junho, segundo Jorge Arbache, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento.
Mas, em vez dos US$ 50 bilhões prometidos à época, o valor inicial será de US$ 20 bilhões, a serem aportados na proporção de um dólar do Brasil para cada três da China.
O Fundo China será lançado no dia 30, durante o Brasil Investment Forum, evento que contará com a presença do presidente Michel Temer e CEOs de grandes grupos internacionais.
Na ocasião, será anunciada uma lista de 30 projetos candidatos a serem financiados pelo mecanismo.
A Ferrogrão, ferrovia ligando Sinop, MT, um centro produtor de grãos, até o porto de Miritituba, PA, é um exemplo. A infraestrutura é um ponto central do fundo, mas ele também financiará projetos em agronegócio, tecnologia e manufatura.
Os chineses têm pressionado para incluir na lista a Ferrovia Bioceânica, projeto orçado em US$ 80 bilhões, prioritário para eles.
A ideia de uma ferrovia ligando o Atlântico ao Pacífico foi anunciada também na visita do presidente chinês. Porém, o Brasil é contra, segundo fontes da área técnica. Além do custo elevado, há dúvidas quanto à viabilidade do projeto.
O fundo terá três conselheiros de cada lado, que selecionarão projetos de interesse comum e recomendarão aos bancos participantes que os financiem.
“A China tem 15 fundos de investimento, mas esse é o único em que as decisões são paritárias”, diz o secretário.
Não haverá aporte de recursos públicos. Do lado brasileiro, o dinheiro sairá preferencialmente da Caixa, que poderá utilizar o fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), e do BNDES. O Banco do Brasil já demonstrou interesse em participar, segundo o secretário.
Do lado chinês, quem vai operar é o Claifund, o fundo para financiamento na América Latina. Os recursos virão 85% das reservas internacionais e 15% do Banco de Desenvolvimento da China.
28 de julho 2020
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