A Komatsu anunciou hoje (4) a indicação do executivo Jeferson Biaggi como novo presidente da unidade fabril da marca no Brasil.

O movimento representa uma mudança histórica para a fabricante no país, sendo a primeira vez em 49 anos que a subsidiária designa um brasileiro para liderar as operações locais.

Até então, a presidência sempre esteve a cargo de executivos japoneses, vindo como expatriados ao Brasil.

“Essa nomeação é um marco significativo para a companhia no país, refletindo o comprometimento com o mercado local e a confiança na liderança brasileira”, afirma Biaggi.

Com o movimento, diz ele, a empresa busca fortalecer a presença no Brasil, aproximando-se ainda mais das necessidades e desafios específicos do mercado nacional, além de reforçar a importância da unidade local.

"Queremos investir mais na operação local, tornando-a cada vez mais brasileira em seu pensamento, mas sempre seguindo as diretrizes globais da sede no Japão", completa o executivo.

Para a Komatsu, a fábrica brasileira vem se consolidando como uma das unidades mais importantes do grupo no mundo, ao mesmo tempo que “reforça o compromisso com o desenvolvimento de produtos adaptados às necessidades locais e regionais”.

Nesse sentido, um dos principais focos será o crescimento em Pesquisa e Desenvolvimento.

De acordo com Biaggi, o plano é aumentar em 50% o quadro de engenheiros de produto na unidade fabril ainda em 2024, impulsionando o lançamento de novos modelos para exportação global.

Nos últimos meses, foram lançadas três novas máquinas, incluindo os modelos PC200-10M0, PC360LC-8M2 e PC130-10M, sendo que mais novidades devem chegar ainda este ano.

Além disso, a empresa planeja expandir em 7% a produção local em 2024, buscando acompanhar o crescimento previsto de 5% da demanda.

Até 2026, o objetivo é adicionar 10% à capacidade atual, por meio de investimentos em novas linhas de robôs de solda, máquinas de usinagem e outras melhorias.

"O Brasil tem um papel fundamental no desenvolvimento conjunto com a engenharia do Japão, uma vez que a fábrica brasileira exporta para toda a América Latina, Estados Unidos, Mercado Comum Europeu e África, representando 40% de nossa produção total", ressalta Biaggi.

"O Brasil também é o sexto maior mercado global de máquinas rodoviárias, mas ainda tem números expressivos para avançar", comenta o novo presidente.