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EUA anunciam aumento das tarifas de importação do aço e alumínio

A Associação de Fabricantes de Equipamentos dos Estados Unidos (AEM) vem trabalhando para desencorajar o presidente Trump de impor tarifas pesadas sobre as importações de aço e alumínio

Assessoria de Imprensa/ El país

06/03/2018 17h50 | Atualizada em 07/03/2018 18h31

Os Estados Unidos se entrincheiram ainda mais no âmbito do comércio internacional, com aquela que deve ser a medida protecionista mais impactante já adotada.

O presidente Donald Trump anunciou na semana passada que imporá uma nova tarifa global de 25% para a importação de aço e de 10% para o alumínio comprado de vários países. Para isso, invocará a segurança nacional e a revitalização da indústria nacional.

A Associação de Fabricantes de Equipamentos dos Estados Unidos (AEM) vem trabalhando para desencorajar o presidente Trump de impor tarifas pesadas sobre as importações de aço e alumínio.

"O presidente Trump não deve prejudicar seu próprio ob

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Os Estados Unidos se entrincheiram ainda mais no âmbito do comércio internacional, com aquela que deve ser a medida protecionista mais impactante já adotada.

O presidente Donald Trump anunciou na semana passada que imporá uma nova tarifa global de 25% para a importação de aço e de 10% para o alumínio comprado de vários países. Para isso, invocará a segurança nacional e a revitalização da indústria nacional.

A Associação de Fabricantes de Equipamentos dos Estados Unidos (AEM) vem trabalhando para desencorajar o presidente Trump de impor tarifas pesadas sobre as importações de aço e alumínio.

"O presidente Trump não deve prejudicar seu próprio objetivo de ajudar os fabricantes dos EUA a ganhar mercado novamente, impondo tarifas contraprodutivas às importações de aço", afirma Dennis Slater presidente da AEM.

"O presidente deve reconsiderar sua intenção declarada de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio que aumentarão os custos para fabricantes de equipamentos nos Estados Unidos e prejudicam a competitividade global da indústria".

Segundo Slater, cerca de 30% dos equipamentos fabricados nos Estados Unidos são eventualmente destinados à exportação.

“Tarifas ou cotas sobre as importações de aço e alumínio irão sobrecarregar os fabricantes dos EUA com custos mais altos, enquanto nossos concorrentes na China, Índia e México receberão um passe livre para usar os materiais de insumos mais baratos que possam encontrar”, continua Slater.

"Se o presidente Trump quiser aumentar a produção doméstica de aço, a melhor maneira seria investir no nosso sistema de infraestrutura com foco maior na simplificação dos regulamentos".

De acordo com a AEM, os trabalhos na indústria de equipamentos estão entre os 6,5 milhões de empregos apoiados pelas indústrias que utilizam o aço como entrada.

O Canadá é o principal fornecedor estrangeiro de aço nos Estados Unidos, seguido pelo Brasil. O México é outro fornecedor importante.

Reação brasileira

O Governo brasileiro recebeu a notícia com preocupação Caso confirmada, "a restrição comercial afetará exportações brasileiras de ambos setores", informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em comunicado.

O ministro Marcos Jorge, responsável pela pasta, esteve reunido em Washington com Wilbur Ross, secretário de Comércio dos Estados Unidos, para reiterar que o aço brasileiro não representa ameaça à segurança nacional norte-americana e que as estruturas produtivas siderúrgicas de ambos os países são complementares.

O argumento do Governo é que cerca de 80% das exportações brasileiras de aço são de produtos semi-acabados, um importante insumo para a indústria siderúrgica norte-americana.

Paralelamente, o Brasil também é o maior importador de carvão siderúrgico norte-americano (cerca de US$ 1 bilhão em 2017), que constitui insumo relevante para a produção brasileira de aço, parcialmente exportada aos Estados Unidos.

"Somos o maior consumidor internacional desse produto norte-americano. Uma eventual aplicação de medida que impacte a nossa produção de aço pode refletir diretamente na nossa necessidade de consumo de carvão mineral", alertou o ministro durante o encontro.

De acordo com o MDIC, o secretário Ross se comprometeu a analisar os números apresentados pela delegação brasileira e repassá-los ao presidente Trump, que é quem vai definir as medidas a serem tomadas. E mesmo que a medida afete o Brasil, ainda haverá a possibilidade de pedido de recurso, o que poderia reverter a eventual taxação.

Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Em 2017, o fluxo comercial foi de mais de US$ 50 bilhões, envolvendo mais de 20 mil empresas.

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