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Etanol é aposta da Case IH para o futuro das máquinas agrícolas

Os primeiros testes foram realizados, no final de 2024, em uma das unidades da São Martinho, localizada em Pradópolis (SP), parceira histórica da marca no desenvolvimento de soluções para o setor

Assessoria de Imprensa

21/03/2025 15h07

Buscando revolucionar o mercado de máquinas agrícolas, contribuindo para a descarbonização da agricultura, a Case IH apresenta o seu projeto de máquinas movidas a etanol. O primeiro passo para essa transformação veio com os testes em campo da primeira colhedora de cana movida a etanol.

“A Case IH tem investido há anos em propulsores alternativos, e vimos que o etanol é a melhor solução, principalmente para o Brasil, e por diversos fatores: é um combustível produzido por nossos clientes e amplamente utilizado no país, e que não demanda novos investimentos em infraestrutura e logística por parte dos produtores&rd

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Buscando revolucionar o mercado de máquinas agrícolas, contribuindo para a descarbonização da agricultura, a Case IH apresenta o seu projeto de máquinas movidas a etanol. O primeiro passo para essa transformação veio com os testes em campo da primeira colhedora de cana movida a etanol.

“A Case IH tem investido há anos em propulsores alternativos, e vimos que o etanol é a melhor solução, principalmente para o Brasil, e por diversos fatores: é um combustível produzido por nossos clientes e amplamente utilizado no país, e que não demanda novos investimentos em infraestrutura e logística por parte dos produtores”, explica Christian Gonzalez, vice-presidente da Case IH para América Latina.

A primeira fase do projeto foi apresentada durante a Agrishow 2024, momento em que a marca anunciou e expôs o protótipo do motor movido a etanol para colhedoras de cana. Desenvolvido pela FPT Industrial, o propulsor é um Cursor 13 e seu grande diferencial é ser Ciclo Otto, o mesmo utilizado em carros flex.

O motor seguiu então para testes de bancada durante o restante do ano e foi introduzido em uma colhedora de duas linhas da série Austoft 9000 para ser levado para o campo.

Os primeiros testes foram realizados, no final de 2024, em uma das unidades da São Martinho, localizada em Pradópolis (SP), parceira histórica da marca no desenvolvimento de soluções para o setor.

Os resultados foram positivos e a máquina voltará a campo no início da próxima colheita. “Já nesse primeiro teste a colhedora teve excelente performance, conseguindo trabalhar em níveis similares de produtividade e eficiência que a versão a diesel, mesmo em canas de alta produtividade. Testamos outras versões e tecnologias no passado, mas não obtivemos os resultados promissores dessa versão. Durante essa safra continuaremos a testar e desenvolver o motor para chegar ao seu máximo potencial, e, em paralelo, iniciaremos o desenvolvimento em outras classes de motores e produtos”, comenta Gonzalez.

Para Fábio Venturelli, CEO da São Martinho, o projeto pode transformar não apenas o setor sucroalcooleiro. “Acreditamos que tem potencial de ser uma transformação significativa no aspecto de pegada de carbono não apenas para o nosso setor, mas para toda a agricultura”, enfatiza.

O uso de etanol como uma possibilidade de abastecimento de máquinas agrícolas traz diversos benefícios. É um combustível renovável e que reduz a emissão de carbono, fatores que contribuem para as metas ambientais e regulatórias do meio agrícola, como o mercado de CBIOS (créditos de descarbonização).

Estudos mostram que, quando se é analisado o ciclo de vida completo dos combustíveis, o etanol proporciona uma redução de até 90% na emissão de gases de efeito estufa (GEE) em relação aos combustíveis fósseis. Além disso, pode trazer redução de custos operacionais com transporte e logística e ter menos oscilações de preços, em relação aos derivados do petróleo.

A Case IH, comentra Gonzalez, aposta e acredita que o futuro das máquinas agrícolas é o etanol, um combustível sustentável, de fácil investimento por parte do produtor rural e que o Brasil é um dos grandes produtores. Por isso, afirma, a colhedora de cana é o início de um projeto que contará com um portfólio de máquinas movidas pelo combustível.

“Faz todo sentido iniciarmos o projeto atendendo o setor de cana, contribuindo para que tenham um ciclo autossuficiente dentro da própria usina. Mas o etanol produzido a partir do milho está crescendo bastante, e em regiões com alta demanda de máquinas agrícolas como o Centro-Oeste e a região conhecida como MATOPIBA. Então acreditamos que teremos uma alta demanda também do setor de grãos e nosso objetivo é oferecer outras opções de máquinas movidas a etanol como tratores, colheitadeiras e pulverizadores”, conclui o vice-presidente.

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