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Escassez de insumos põe retomada em xeque

A falta de insumos, como semicondutores, tem paralisado parques fabris pelo país e pode atrapalhar esse movimento de retomada

O Estado de S.Paulo

13/07/2021 11h00 | Atualizada em 13/07/2021 12h55

Passado o pior momento da desorganização da cadeia produtiva provocada pela crise sanitária, a recomposição de estoques puxou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no início do ano e ainda pode continuar impulsionando a recuperação da economia no segundo trimestre.

No entanto, a falta de insumos, como semicondutores, tem paralisado parques fabris pelo país e pode atrapalhar esse movimento de retomada.

Em junho, 8 dos 18 principais segmentos da indústria de transformação brasileira ainda operavam com estoques abaixo do normal.

A escassez de insumos era o principal entrave à expansão da produção em cinco deles nos últimos meses, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

“Queríamos verificar se era um problema de aumento na demanda, que os setores não estavam conseguindo acompanhar. Se fosse o caso, o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) deveria estar alto, mas não está tão elevado. O empresário não está conseguindo produzir mesmo. Não estã

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Passado o pior momento da desorganização da cadeia produtiva provocada pela crise sanitária, a recomposição de estoques puxou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no início do ano e ainda pode continuar impulsionando a recuperação da economia no segundo trimestre.

No entanto, a falta de insumos, como semicondutores, tem paralisado parques fabris pelo país e pode atrapalhar esse movimento de retomada.

Em junho, 8 dos 18 principais segmentos da indústria de transformação brasileira ainda operavam com estoques abaixo do normal.

A escassez de insumos era o principal entrave à expansão da produção em cinco deles nos últimos meses, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

“Queríamos verificar se era um problema de aumento na demanda, que os setores não estavam conseguindo acompanhar. Se fosse o caso, o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) deveria estar alto, mas não está tão elevado. O empresário não está conseguindo produzir mesmo. Não estão chegando os insumos”, explicou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Ibre/FGV.

O segmento com maior potencial de crescimento com a recomposição de estoques em junho era o de minerais não metálicos (33,1% operava com estoque abaixo do normal), à frente de atividades de produtos de metal (15,3% com baixos estoques), metalurgia (13,5%), produtos plásticos (5,5%) e máquinas e equipamentos (4,9%).

Esses setores, segundo o Ibre/FGV, registram baixos estoques desde a segunda metade de 2020. Também estão aquém da normalidade os estoques de máquinas e materiais elétricos (2,5% das empresas), têxtil (0,7%) e derivados de petróleo e biocombustíveis (0,2%).

“Esses três setores já estão em processo de normalização dos estoques”, disse a economista Cláudia Perdigão, responsável pela Sondagem da Indústria do Ibre/FGV.

Dados – Entre os segmentos industriais com baixo nível de estoques, a escassez de insumos permanecia acentuada para a indústria de produtos de metal, em que 23,8% do setor aponta a escassez de matéria-prima como o maior entrave à produção, seguida pelos fabricantes de produtos plásticos (22,3%), máquinas e equipamentos (19,3%) e metalurgia (16,9%), segundo informações de abril, última vez em que a sondagem da FGV perguntou aos empresários sobre o acesso a insumos.

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