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Energias renováveis estão entre as mais baratas

A expectativa é que em 2019 os melhores projetos de energia eólica em terra e de energia solar fotovoltaica produzam eletricidade a US$ 0,03 por até kW/h ou até menos

Valor Econômico

17/01/2018 08h55 | Atualizada em 24/01/2018 12h14

Pela primeira vez o custo de gerar energia eólica em terra – tecnologia conhecida por "onshore" – tornou a fonte competitiva com o mais barato combustível fóssil.

O custo dessa fonte de energia renovável caiu 23% desde 2010. Trata-se de um momento-chave na transição energética global, segundo especialistas.

O custo da eletricidade gerada por painéis solares fotovoltaicos, por seu turno, também caiu nesse período, nesse caso 73%.

A previsão é que o custo de produzir energia solar diminua ainda mais com novos projetos, caindo pela metade nos próximos dois anos.

A expectativa é que em 2019 os melhores projetos de energia eólica em terra e

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Pela primeira vez o custo de gerar energia eólica em terra – tecnologia conhecida por "onshore" – tornou a fonte competitiva com o mais barato combustível fóssil.

O custo dessa fonte de energia renovável caiu 23% desde 2010. Trata-se de um momento-chave na transição energética global, segundo especialistas.

O custo da eletricidade gerada por painéis solares fotovoltaicos, por seu turno, também caiu nesse período, nesse caso 73%.

A previsão é que o custo de produzir energia solar diminua ainda mais com novos projetos, caindo pela metade nos próximos dois anos.

A expectativa é que em 2019 os melhores projetos de energia eólica em terra e de energia solar fotovoltaica produzam eletricidade a US$ 0,03 por até kW/h ou até menos.

Isso significa que as renováveis podem ter custo bem inferior do que a geração a partir de combustíveis fósseis, que registram espectro de preços entre US$ 0,05 a US$ 0,17 por kW/h. Isso depende do país, mas vários novos projetos de energia eólicas indicam que o preço tornou-se competitivo com carvão.

Os dados fazem parte do relatório Renewable Power Generation Costs, da International Renewable Energy Agency (Irena), considerado o maior fórum mundial de promoção de energias renováveis.

A Irena reúne 154 países (mais a União Europeia) e há 26 em processo para ingressar. O Brasil ainda não faz parte, assim como o Canadá, mas China, Estados Unidos, o bloco europeu e Índia são membros.

O estudo, lançado neste fim de semana durante a 8ª Assembleia da entidade, diz que em Abu Dhabi, no Chile, em Dubai, no México, no Peru e na Arábia Saudita projetos de energia solar e eólica bateram recordes de preços baixos, alcançando US$ 0,03 por kW/h em leilões.

"A troca de um sistema de energia para outro não é simples e sem dúvida irá levar vários anos antes que o sistema atual seja transformado", afirma Adnan Z. Amin, diretor-geral da Irena.

"Mas, a transformação do sistema energético atual está ganhando ritmo e não pode ser parada. A evolução das renováveis nos últimos anos extrapola as expectativas mais otimistas", continua.

"Custos em queda e a rápida inovação têm impulsionado os investimentos e reposicionado as renováveis, que deixaram de ser um nicho e se tornaram uma solução técnica e economicamente atraente.”

"Somos o país que iniciou a Revolução Industrial e agora estamos completamente dentro de uma nova revolução", aponta Nick Bridge, secretário de Relações Exteriores e enviado climático do Reino Unido.

Em cinco anos, o país tornou-se o maior produtor mundial de energia eólica em alto mar (offshore). "Já conseguimos, em alguns dias do verão e a despeito do nosso clima, não ter nada de carvão na nossa geração de energia", afirma.

Os resultados de leilões recentes feitos em vários países para projetos de renováveis, que serão implementados no futuro, indicam que a tendência de redução de custos deve continuar além de 2020, comenta o autor do estudo da Irena.

Em 2020 todas as tecnologias de geração de energias renováveis hoje em uso devem ter preço competitivo com os combustíveis fósseis, estima o relatório.

Isso deve acontecer até com tecnologias que hoje iniciam sua trajetória, como geração eólica offshore (em alto mar) e energia solar concentrada (projetos que utilizam grandes espelhos para esquentar combustível e produzir vapor).

Projetos de outras fontes de energia renovável, como biomassa, geotérmica e projetos hidrelétricos, mostraram ser competitivas nos últimos 12 meses com combustíveis fósseis.

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