Tendências
Valor Econômico
18/11/2013 09h51 | Atualizada em 18/11/2013 12h25
A série de estímulos concedidos pelo governo impulsionou os investimentos na primeira metade do ano, segundo economistas, mas não foi suficiente para manter a demanda por bens de capital aquecida no terceiro trimestre em meio a uma piora da confiança do empresariado e diante da maior volatilidade cambial.
Com a influência negativa destes dois fatores, analistas calculam que o consumo doméstico de máquinas, equipamentos e veículos pesados voltou a cair nos três meses encerrados em setembro, um forte indício de que a alta de 6% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas e construção civil) de janeiro a junho ficou aquém.
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A série de estímulos concedidos pelo governo impulsionou os investimentos na primeira metade do ano, segundo economistas, mas não foi suficiente para manter a demanda por bens de capital aquecida no terceiro trimestre em meio a uma piora da confiança do empresariado e diante da maior volatilidade cambial.
Com a influência negativa destes dois fatores, analistas calculam que o consumo doméstico de máquinas, equipamentos e veículos pesados voltou a cair nos três meses encerrados em setembro, um forte indício de que a alta de 6% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas e construção civil) de janeiro a junho ficou aquém.
Para o terceiro trimestre, as expectativas vão de redução de 1% a 4% no investimento dentro do PIB em relação ao segundo trimestre após avanço de 3,6% no trimestre anterior na comparação com os primeiros três meses do ano.
A despeito da expansão de 1,4% da produção de bens de capital na passagem do segundo para o terceiro trimestre, feito o ajuste sazonal, Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, explica que o recuo de 4,7% do volume de importações destes itens na mesma comparação tem peso maior no cálculo da absorção interna.
Assim, em suas estimativas, o consumo aparente de bens de capital (a soma da produção interna, mais as importações, menos as exportações) diminuiu 0,7% de julho a setembro. Já a projeção do Itaú para os investimentos dentro do PIB no período está entre retração de 1% e 1,5%.
"Se o cenário é de confiança menor, aumento dos juros e câmbio mais depreciado, a tendência é que estes fatores predominem sobre as decisões de investimentos ", diz o economista, referindo-se à perda de efeito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, que oferece financiamento a juros reais negativos para a compra de máquinas, equipamentos e caminhões.
Os juros nominais do Finame, linha que financia bens de capital, subiram de 3% para 3,5% no meio do ano, patamar ainda abaixo da inflação, que vai vigorar até dezembro.
O governo já informou que o PSI será renovado para 2014, mas sem garantir que as condições atuais serão mantidas.
28 de julho 2020
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