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Crédito para infraestrutura se mantém viável

Mesmo em um cenário desfavorável, o financiamento ainda é uma alternativa

Valor Econômico

04/02/2015 08h36 | Atualizada em 11/02/2015 13h39

O financiamento a projetos de infraestrutura com a captação de recursos no mercado de capitais se mantém viável mesmo nas condições atuais de juros elevados, segundo Carlos Antonio Rocca, diretor do Centro de Estudos do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).

Rocca fez uma simulação de um projeto de infraestrutura que contasse com 30% de capital próprio dos acionistas, acima da média das últimas concessões, entre 20% e 25%.

Os demais 70% dos recursos seriam integralmente financiados com a emissão de debêntures de infraestrutura, que contam com isenção de imposto de renda para pessoas físicas e investidores estrangeiros.

"Sendo assim, o cust

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O financiamento a projetos de infraestrutura com a captação de recursos no mercado de capitais se mantém viável mesmo nas condições atuais de juros elevados, segundo Carlos Antonio Rocca, diretor do Centro de Estudos do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).

Rocca fez uma simulação de um projeto de infraestrutura que contasse com 30% de capital próprio dos acionistas, acima da média das últimas concessões, entre 20% e 25%.

Os demais 70% dos recursos seriam integralmente financiados com a emissão de debêntures de infraestrutura, que contam com isenção de imposto de renda para pessoas físicas e investidores estrangeiros.

"Sendo assim, o custo médio de capital do projeto como um todo seria de 5,8% ao ano, uma taxa viável dentro do atual cenário", explica Rocca. "Essa taxa seria suficiente para pagar os juros da dívida e remunerar os acionistas do projeto a 11% em reais", diz.

De acordo com Rocca, a simulação se baseou nas taxas médias das emissões de debêntures e na remuneração do capital próprio de empresas listadas em bolsa, que contam com projetos mais consistentes. "A taxa pode variar para cima em projetos novos, de maior risco.”

Mas, Rocca comenta que a atuação do BNDES, que hoje concentra a maior parte do financiamento, e um maior uso de dívida, poderiam corrigir essas distorções.

Hoje, o Brasil investe entre 2,2% e 2,5% do PIB em infraestrutura, abaixo do mínimo necessário, de 4% do PIB, e insuficiente para cobrir a depreciação dos ativos.

 

 

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