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DCI
18/10/2017 09h00 | Atualizada em 25/10/2017 11h53
Depois de perder mais de um milhão de postos de trabalho, o mercado da construção civil pode começar a apresentar saldos positivos consistentes no indicador de emprego em 2018, mesmo que de forma tímida.
Especialistas, contudo, divergem sobre o momento em que isso deve acontecer.
"Ainda não vemos um cenário de recuperação, mas as recentes sondagens da indústria da construção mostram perspectivas positivas para 2018 de nível de atividade e emprego", explica Luis Fernando de Melo Mendes, assessor econômico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Segundo o economista, no acumulado de 2017 o saldo de empregos ainda deve apresentar u
...Depois de perder mais de um milhão de postos de trabalho, o mercado da construção civil pode começar a apresentar saldos positivos consistentes no indicador de emprego em 2018, mesmo que de forma tímida.
Especialistas, contudo, divergem sobre o momento em que isso deve acontecer.
"Ainda não vemos um cenário de recuperação, mas as recentes sondagens da indústria da construção mostram perspectivas positivas para 2018 de nível de atividade e emprego", explica Luis Fernando de Melo Mendes, assessor econômico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Segundo o economista, no acumulado de 2017 o saldo de empregos ainda deve apresentar um resultado negativo, contudo, com as expectativas melhores é possível que o setor já comece a apresentar saldos de contratações positivos no primeiro trimestre de 2018.
"Mesmo que existam incertezas políticas e econômicas, as sondagens mostram que o empresário já espera por uma melhora em curto prazo", diz.
Somado a isso, Mendes ressalta que com a melhora das projeções de inflação, taxa de juros e renda, os financiamentos imobiliários para imóveis de médio e alto padrão devem voltar a ficar atraentes tanto para quem quer trocar de imóvel quanto investidores.
Já na opinião de José Romeu Ferraz Neto, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), ainda é cedo para comemorar se levarmos em consideração a base de comparação.
"Podemos começar a ver saldo positivo, mas, na crise, perdemos um terço da mão de obra direta, então deverão ser níveis muito baixos", aponta o executivo.
No total, o setor perdeu mais de um milhão de vagas desde outubro de 2014, quando possuía 3,522 milhões de empregados. Em julho deste ano, a construção totalizou 2,458 milhões.
De acordo com ele, no período de seis meses a um ano, é possível que o setor ainda deva apresentar demissões pontuais.
"Não da forma acentuada como tínhamos visto, mas haverá casos. Lamentavelmente ainda deveremos conviver com isso", afirma.
Na opinião do executivo, é provável que uma retomada mais significativa do emprego fique mais para o final de 2018, se ocorrer.
Segundo Ferraz, o segmento de infraestrutura deve provocar um aumento robusto nas contratações, contudo, a expectativa dele é que o impacto seja sentido no longo prazo.
"Se houver, o setor da construção cresce muito rápido, até pela defasagem que o país tem, mas as concessões e PPPs devem ser sustentados por investimento estrangeiro, mas esse recurso só vem quando tivermos estabilidade política", diz.
De acordo com o SindusCon-SP, pela primeira vez depois de 33 meses de queda consecutivas, o nível de emprego na construção civil brasileira voltou a subir. Em julho, houve alta de 0,07% na comparação com junho.
28 de julho 2020
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