Energia
Assessoria de Imprensa
08/08/2018 08h24 | Atualizada em 08/08/2018 11h48
Incentivos governamentais vêm sendo mais frequentes no segmento de geração de energias renováveis no Brasil, mas ainda assim o investimento em instalações para a geração de energia verde em residências ainda não é totalmente acessível.
Com vistas a melhorar esse cenário, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou mudanças que permitirão a pessoas físicas terem acesso a financiamentos para a instalação de sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração, com placas fotovoltaicas e aerogeradores.
A mudança ocorre no âmbito do programa Máquinas e Equipamentos Eficientes, do Fundo Clima e os rec
...Incentivos governamentais vêm sendo mais frequentes no segmento de geração de energias renováveis no Brasil, mas ainda assim o investimento em instalações para a geração de energia verde em residências ainda não é totalmente acessível.
Com vistas a melhorar esse cenário, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou mudanças que permitirão a pessoas físicas terem acesso a financiamentos para a instalação de sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração, com placas fotovoltaicas e aerogeradores.
A mudança ocorre no âmbito do programa Máquinas e Equipamentos Eficientes, do Fundo Clima e os recursos poderão ser contratados em operações indiretas somente por meio de bancos públicos.
A notícia é importante para estimular a microgeração de energia no Brasil, que hoje atinge a marca de 294 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica.
Esses sistemas estão instalados em comércio e serviços (44%), residências (38%), indústrias (8,1%), consumidores rurais (5,6%), poder e serviços públicos (4%) e outros tipos, como iluminação pública (0,03%).
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Anaeel), o país possui hoje mais de 31.136 sistemas fotovoltaicos distribuídos conectados à rede, somando mais de R$ 1,6 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões brasileiras.
Atualmente, o Estado de Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 67,5 MW, representando 23,0% da potência instalada no país, seguido pelo Rio Grande do Sul com 42,6 MW (14,5%), São Paulo com 37,4 MW (12,7%), Santa Catarina com 18,3 MW (6,2%) e Ceará com 17,7 MW (6,03%).
Outro fator de estímulo a esse tipo de atividade é a mais recente certificação verde que reconhece as edificações capazes de combinar a alta eficiência energética e a geração de energia por fontes renováveis.
Trata-se da Certificação GBC Brasil Zero Energy, desenvolvida especialmente para o mercado brasileiro, em 2017, pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil), entidade que completa 10 anos de atuação em prol às edificações sustentáveis no país.
A certificação verifica as ações para maximizar a eficiência energética, a geração de energia renovável no local ou remoto (on-site ou off-site) e a compra de Certificados de Energia Renovável (REC), que comprovam a natureza da energia que a edificação utiliza.
A Certificação Zero Energy Building é uma ferramenta que se aplica em todo o território nacional já considerando todas às variáveis regionais. Apresenta critérios específicos e definidos, garante a viabilidade técnica e financeira, além da transparência na avaliação, a partir de indicadores claros e de auditoria externa.
Iniciativa mundial
O Brasil é um dos primeiros países a implementar essa certificação para o setor de construção.
A iniciativa é do World Green Building Council, que tem por objetivo acelerar a geração de energia por fontes renováveis, o conceito de geração distribuída e fomentar grandes avanços no que tange a eficiência energética.
O compromisso foi firmado no COP Paris, quando estudos apresentados e discutidos mostram que estas ações, atingindo a meta de garantir a autossuficiência energética das novas edificações até 2030, e em um segundo momento, todas até 2050, garantem a reduções das 84 GTon de emissões, o suficiente para manter o aquecimento em até 1,5ºC.
Para atingir esses números, o projeto foi proposto para 10 unidades do Green Building Council no mundo. Em maio de 2017, o Canadá foi o primeiro a lançar sua certificação e agora é a vez do Brasil.
Segundo Felipe Faria, diretor executivo do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) e presidente do Comitê dos GBCs das Américas pelo World Green Building Council, a entidade acredita no cumprimento das metas propostas, por mais que pareçam ousadas.
“Ao nosso favor temos milhões de metros quadrados investindo em eficiência, além da força das nossas empresas associadas, parceiros e profissionais engajados”, afirma Faria.
20 de novembro 2018
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