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Folha de S. Paulo
30/05/2017 16h45 | Atualizada em 08/06/2017 12h54
A construção civil apresenta dados de desempenho conflitantes: a venda de materiais cresceu 4,2% no primeiro trimestre em relação ao ano passado, mas o emprego formal no setor caiu 14% entre janeiro e abril.
As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho, compiladas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O emprego será o último indicador a melhorar, segundo Andrea Bandeira, consultora do setor da entidade.
"Os encargos trabalhistas são pesados, e o empresário precisa ter segurança para voltar a contratar. Só haverá redução da taxa de desemprego mais para frente."
Já a alta do material de construção se explica por três fatores: o começ
...A construção civil apresenta dados de desempenho conflitantes: a venda de materiais cresceu 4,2% no primeiro trimestre em relação ao ano passado, mas o emprego formal no setor caiu 14% entre janeiro e abril.
As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho, compiladas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O emprego será o último indicador a melhorar, segundo Andrea Bandeira, consultora do setor da entidade.
"Os encargos trabalhistas são pesados, e o empresário precisa ter segurança para voltar a contratar. Só haverá redução da taxa de desemprego mais para frente."
Já a alta do material de construção se explica por três fatores: o começo do ano passado foi excepcionalmente baixo, teve menos dias úteis e, em março deste ano, começaram os primeiros saques das contas inativas do FGTS.
Há também uma volatilidade ligada aos estoques, diz José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
"O desempenho de materiais de construção varia de acordo com o caixa das empresas, com os preços e outros movimentos que interferem no indicador", afirma.
A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) é que, com a crise no governo, a recuperação do segmento será ainda mais lenta.
"Projetamos queda de 4,5% no primeiro semestre e retomada no segundo, com o resultado igual ao de 2017. Não revisamos ainda, mas poderemos fazê-lo", diz Walter Cover, presidente da entidade.
28 de julho 2020
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