Blog do Caminhoneiro
14/12/2022 08h05 | Atualizada em 20/12/2022 08h39
Após a realização da Fenatran 2022, o maior Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas da América Latina, em São Paulo, a assessoria econômica da ABAC, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, realizou levantamento a partir de dados fornecidos pelas empresas associadas que atuam no setor de veículos pesados, no qual os transportes rodoviários de cargas estão inseridos, para avaliar o desempenho do mecanismo nesse segmento em período de 20 meses, compreendido de março de 2021 a outubro de 2022.
A pesquisa teve como foco principal o segmento de caminhões, considerando principalmente a in
...Após a realização da Fenatran 2022, o maior Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas da América Latina, em São Paulo, a assessoria econômica da ABAC, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, realizou levantamento a partir de dados fornecidos pelas empresas associadas que atuam no setor de veículos pesados, no qual os transportes rodoviários de cargas estão inseridos, para avaliar o desempenho do mecanismo nesse segmento em período de 20 meses, compreendido de março de 2021 a outubro de 2022.
A pesquisa teve como foco principal o segmento de caminhões, considerando principalmente a intermodalidade e a integração das suas diversas categorias: dos leves, que têm acesso às áreas urbanas, aos extrapesados, que cumprem longos percursos e rodam pelas estradas.
Com o cenário econômico brasileiro apresentando gradativa recuperação, depois de ter enfrentado a pandemia e ter vivenciado turbulências provocadas por influências internas, como custo dos combustíveis, e por internacionais, como as consequências da guerra no leste europeu, o consórcio no transporte rodoviário de cargas pode ser referenciado como um termômetro da economia, visto que 65% de tudo que é transportado no país se dá pela via rodoviária.
A análise revelou ainda que, naqueles meses, as adesões aos consórcios demonstraram oscilações, porém com avanços constantes. Quando comparamos os números de março de 2021, com 7,92 mil novas cotas comercializadas, com os de outubro de 2022, quando foram vendidas 25,07 mil, temos um aumento de 216,5%. Para um total de 276,24 mil adesões no período analisado, a média geral ficou em 13,81 mil vendas de novas cotas.
Os picos de vendas ocorreram em setembro e outubro deste ano, quando atingiram 26,88 mil e 25,07 mil cotas, respectivamente.
Um retrato que explica o comportamento deste setor está no balanço dos consórcios de veículos pesados de outubro último, onde o total de participantes ativos chegou a 612,80 mil, dos quais dois terços, 408,53 mil, objetivavam basicamente a aquisição de caminhões. O outro terço de consorciados, 204,27 mil, teve por objetivo a aquisição de máquinas e implementos agrícolas.
Comparando a quantidade de 408,53 mil cotas ativas em outubro deste ano com as 263,41 mil cotas ativas em março de 2021 verificamos um avanço de 55,1% ao longo dos vinte meses.
A avaliação, considerando apenas os participantes dos consórcios de caminhões, mostra a distribuição percentual dos participantes ativos no país da seguinte forma: 48,9% na região Sudeste; 20,3% no Sul; 13,7% no Centro-Oeste; 13,3% no Nordeste; e 3,8% no Norte.
Autônomos – Em outubro, as pessoas físicas ou autônomos representavam 64,3% dos consorciados ativos, enquanto as jurídicas chegaram a 35,3%. Houve ainda 0,4% relativo a outros, incluindo cooperativas e entidades setoriais. Nos três, a opção pela modalidade está calcada no planejamento para troca e renovação de veículos ou ampliação de frotas.
O levantamento apontou ainda que, dos consorciados contemplados, 56,6% tiveram por objetivo a ampliação de suas frotas, no caso das transportadoras, ou a aquisição de mais veículos no caso dos autônomos, enquanto 43,4% optaram pela renovação dos veículos.
Entre as categorias com maior utilização do crédito por ocasião da contemplação, estiveram os caminhões leves, com 28,3%; os médios, com 36,8%; os pesados, com 15,3%; e os extrapesados, com 19,6%.
Ainda sobre as contemplações, a maioria, 46,0%, decidiu pela aquisição do caminhão novo, e 19,9% pelo seminovo. Os demais, 34,1%, resolveram comprar outros tipos de veículos como implementos, caminhonetes, ônibus, tratores, automóveis, barcos, aviões e máquinas.
“Apesar das turbulências enfrentadas, acreditamos que parcela expressiva do crescimento do transporte rodoviário de cargas, seja para renovação dos veículos seja para ampliação de frotas, em razão de planejamento e custos mais baixos, inclui o Sistema de Consórcios como alternativa de autofinanciamento. “Face às peculiaridades, que o diferencia das demais formas de aquisição disponíveis no mercado, o consórcio é uma excelente opção”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
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