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Concessões podem ter menos dinheiro do BNDES

Com menos movimento nas estradas, a expectativa de receita diminui e a parcela de financiamento do BNDES poderá ficar menor que a prevista inicialmente

O Estado de S.Paulo

15/07/2015 09h59 | Atualizada em 23/07/2015 12h07

As quedas consecutivas no fluxo de veículo das estradas pedagiadas neste ano poderão ter reflexo negativo nas novas concessões de rodovias, concedidas pelo governo federal entre 2013 e 2014.

Com menos movimento nas estradas, a expectativa de receita diminui e a parcela de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá ficar menor que a prevista inicialmente.

Isso significa que as empresas vencedoras teriam de colocar mais capital próprio para fazer os investimentos na duplicação das rodovias. Segundo o índice da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), de janeiro a maio deste ano, o fluxo de veículos nas estradas privatizadas caiu 1,6% comparado a igual período de

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As quedas consecutivas no fluxo de veículo das estradas pedagiadas neste ano poderão ter reflexo negativo nas novas concessões de rodovias, concedidas pelo governo federal entre 2013 e 2014.

Com menos movimento nas estradas, a expectativa de receita diminui e a parcela de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá ficar menor que a prevista inicialmente.

Isso significa que as empresas vencedoras teriam de colocar mais capital próprio para fazer os investimentos na duplicação das rodovias. Segundo o índice da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), de janeiro a maio deste ano, o fluxo de veículos nas estradas privatizadas caiu 1,6% comparado a igual período de 2014. No período de 12 meses, a queda foi de 0,2%.

"A redução no fluxo de deslocamentos das pessoas por causa da diminuição da capacidade econômica ou de outros eventos relacionados à crise econômica afetam as projeções financeiras dos projetos e ainda, na taxa de retorno desses investimentos, de forma que o total de recursos liberados ou disponíveis poderá ser influenciado", afirma o advogado Robertson Emerenciano, sócio do escritório Emerenciano, Baggio e Associados - Advogados.

Em nota, o BNDES afirmou que o "fluxo de veículos e a projeção de tráfego são variáveis muito importantes no processo de estruturação de um project finance (modalidade de crédito em que a garantia é a própria receita do projeto) do setor rodoviário".

Até agora o banco estatal não liberou nenhum financiamento de longo prazo para as concessões rodoviárias. Os primeiros investimentos na duplicação de 10% do trecho concedido, conforme previsto nas regras dos editais, foram feitos com empréstimos-ponte.

Segundo fontes ligadas às concessões, o banco estatal está fazendo as medições nas rodovias para definir os montantes de financiamento. "No nosso caso, acho que não teremos problemas, pois na última medição que fizemos o tráfego havia crescido 5%", afirma Carlo Bottarelli, presidente da Triunfo Participações e Investimentos (TPI),.

A empresa arrematou a concessão dos trechos das BRs 060/153/262 (DF/GO/MG), cujos investimentos somam R$ 7,15 bilhões ao longo de 30 anos.

 

 

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