Construção
O Estado de S.Paulo
11/12/2013 14h40 | Atualizada em 11/12/2013 20h41
Para especialistas, as empreiteiras vivem uma mudança no perfil de atuação que tende a levar o deficiente serviço público a um novo patamar de qualidade. Segundo o economista Gesner Oliveira, a mudança é estrutural. "Estamos saindo da era da infraestrutura como obra e transitando rumo à era da infraestrutura como serviço e boa operação", diz ele.
Antes interessadas em apenas fazer a infraestrutura, as empresas estão cada vez mais organizadas para operar o serviço público. "É um movimento positivo porque, nesse processo, se adquire uma nova mentalidade: se você vai operar, você constrói da melhor maneira possível – mais barata, mais eficiente, mais rápida – e também se
...Para especialistas, as empreiteiras vivem uma mudança no perfil de atuação que tende a levar o deficiente serviço público a um novo patamar de qualidade. Segundo o economista Gesner Oliveira, a mudança é estrutural. "Estamos saindo da era da infraestrutura como obra e transitando rumo à era da infraestrutura como serviço e boa operação", diz ele.
Antes interessadas em apenas fazer a infraestrutura, as empresas estão cada vez mais organizadas para operar o serviço público. "É um movimento positivo porque, nesse processo, se adquire uma nova mentalidade: se você vai operar, você constrói da melhor maneira possível – mais barata, mais eficiente, mais rápida – e também se aproxima do cliente, se preocupa com a satisfação dele", diz Oliveira.
Foi isso que inspirou, por exemplo, a criação da Odebrecht Transport, braço do grupo de mesmo nome voltado aos setores de rodovias, mobilidade urbana e logística. Desde então a empresa venceu o leilão da BR-163 (MT) com deságio de 52% e levou a cobiçada concessão do Aeroporto do Galeão (RJ) pagando R$ 19 bilhões, um ágio de 252%. "Entendemos que podemos ir além da fase de construção", diz Paulo Cesena, presidente da Odebrecht Transport. "O Brasil tem carência na qualidade de serviços públicos e a iniciativa privada, por natureza, tem agilidade e capacidade de inovação para contribuir."
Em parte, o crescente interesse por concessões tem relação com o paulatino desgaste do segmento de obras públicas. "De um tempo para cá, as empreiteiras tentam reduzir a dependência das obras públicas porque elas são alvos de tribunais de contas, de ministérios públicos e ainda sofrem com os órgãos ambientais", diz Richard Dubois, sócio da consultoria PwC Brasil, que atua na área de serviços públicos.
03 de junho 2019
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