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17/09/2014 07h42 | Atualizada em 24/09/2014 17h23
O apoio majoritário do transporte de cargas via rodovia vem encarecendo os custos do pequeno e médio agricultor. A perspectiva de empresários é que a mudança para o modal ferroviário poderia diminuir as despesas operacionais em até 30%, ampliando a competitividade do setor.
"Além do alto preço dos combustíveis, o custo com segurança para carga e o tempo de deslocamentos são venenos para o industrial e o agricultor menor", diz Luiz Henrique Brasson, doutor em transporte ferroviário da Universidade São Paulo.
Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o novo modelo para uso das ferrovias no país, lançado com o Programa de Investimento em L
...O apoio majoritário do transporte de cargas via rodovia vem encarecendo os custos do pequeno e médio agricultor. A perspectiva de empresários é que a mudança para o modal ferroviário poderia diminuir as despesas operacionais em até 30%, ampliando a competitividade do setor.
"Além do alto preço dos combustíveis, o custo com segurança para carga e o tempo de deslocamentos são venenos para o industrial e o agricultor menor", diz Luiz Henrique Brasson, doutor em transporte ferroviário da Universidade São Paulo.
Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o novo modelo para uso das ferrovias no país, lançado com o Programa de Investimento em Logística, deverá proporcionar redução do preço do frete entre 25% e 30% para o usuário final, impulsionado pelo venda fragmentada de espaços dentro dos vagões ferroviários.
A potencial queda no preço, de acordo com Alexandre Porto, gerente de Regulação de Infraestrutura e de Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas da ANTT, acontece em função do ganho de escala que a operação com a Valec pode proporcionar ao adquirir toda a capacidade da ferrovia concedida.
Segundo Porto, o modelo "open access", que será aplicado nas próximas concessões, consiste em um formato horizontal de negócio, onde a Valec compra a capacidade do modal do concessionário que ganhar o leilão, de modo que o operador será responsável apenas pela construção e manutenção da via.
Para Brasson, o modelo abrirá o mercado para que pequenos empresários se unam e comprem espaço. "Hoje o pequeno e médio agricultor, ou industrial, não consegue transportar seus produtos via ferrovias. Primeiro, porque há pouca malha - e muito custo -, segundo, porque para os operadores não é interessante fechar negócio com empresários menores e perder contratos com gigantes", diz.
Segundo o gerente da ANTT, em 2013, a carga levada por esse meio de transporte chegou a 450 mil toneladas, em 28 quilômetros de extensão. "As concessionárias investiram R$ 5 bilhões em 2013", disse ele, lembrando que o grande desafio é a ampliação para atingir fronteiras agrícolas e minerais.
Porto destacou ainda dois projetos importantes: a Ferrovia Norte-Sul e a ferrovia que liga Campinorte (GO) e Lucas do Rio Verde (MT). "A primeira é um eixo estruturante, que conecta portos da região Norte com os do Sudeste, e a segunda atravessa grande região agrícola do país".
28 de julho 2020
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