Tendências
Valor Econômico
03/07/2012 15h49 | Atualizada em 03/07/2012 20h10
À parte as incertezas, os setores beneficiados com o pacote de medidas de estímulo à produção anunciado pelo governo acreditam que os impactos positivos já serão sentidos este ano. Os produtores de ônibus e retroescavadeiras, por exemplo, preveem impacto significativo na produção industrial. Por outro lado, a diminuição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que fez parte do pacote, não deve ser suficiente para mudar o cenário de investimentos.
O diretor vice-presidente de operações do grupo Randon, Erino Tonon, disse que a decisão do governo federal de adquirir equipamentos para melhorar a infraestrutura, incluindo retroescavadeiras e motoniveladoras, "está na direçã
...À parte as incertezas, os setores beneficiados com o pacote de medidas de estímulo à produção anunciado pelo governo acreditam que os impactos positivos já serão sentidos este ano. Os produtores de ônibus e retroescavadeiras, por exemplo, preveem impacto significativo na produção industrial. Por outro lado, a diminuição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que fez parte do pacote, não deve ser suficiente para mudar o cenário de investimentos.
O diretor vice-presidente de operações do grupo Randon, Erino Tonon, disse que a decisão do governo federal de adquirir equipamentos para melhorar a infraestrutura, incluindo retroescavadeiras e motoniveladoras, "está na direção certa" para estimular a economia. "Parece claro que o incentivo ao consumo esgotou", disse.
Conforme Tonon, as 3.591 retroescavadeiras que serão distribuídas aos municípios com menos de 50 mil habitantes correspondem a mais de um terço da produção do segmento no país no ano passado, que chegou a 10 mil unidades. O executivo também elogiou a margem de preferência determinada para os produtos de fabricação nacional, que serão comprados pelo governo mesmo com preços até 10% mais altos do que os importados. "É uma proteção contra as máquinas chinesas", comentou.
A redução da TJLP de 6% para 5,5% teve recepção menos calorosa. Júlio Gomes de Almeida, economista e consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), acredita que o acesso a crédito mais barato do BNDES não vai ter efeito significativo no nível do investimento brasileiro.
"Há um desânimo entre os empresários em relação ao cenário futuro. A redução não é de se jogar fora, melhora um pouco o quadro, mas deve ter alcance restrito aos projetos que estão na zona de baixa incerteza. Os outros não vão sair do papel por causa dessa queda", afirmou.
28 de julho 2020
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