Construção
Valor Econômico
13/01/2016 00h07 | Atualizada em 13/01/2016 02h40
Apesar da crise econômica e da seca que atingiu o sudeste nos últimos anos, ainda existe respiro em alguns segmentos do mercado de saneamento.
Enquanto concessões públicas operadas tanto por grandes estatais quanto por companhias privadas amargam a falta de água ou de recursos financeiros, empresas voltadas para o atendimento de clientes industriais têm conseguido encontrar oportunidades.
A Nova Opersan, que vem crescendo a dois dígitos ao ano, prevê manter o ritmo. Para 2016, a expectativa é de aumento da receita acima da casa dos 20%. O novo presidente da empresa, José Fernando Rodrigues, explica que crise hídrica e o cenário econômico ruim têm impulsionado a
...Apesar da crise econômica e da seca que atingiu o sudeste nos últimos anos, ainda existe respiro em alguns segmentos do mercado de saneamento.
Enquanto concessões públicas operadas tanto por grandes estatais quanto por companhias privadas amargam a falta de água ou de recursos financeiros, empresas voltadas para o atendimento de clientes industriais têm conseguido encontrar oportunidades.
A Nova Opersan, que vem crescendo a dois dígitos ao ano, prevê manter o ritmo. Para 2016, a expectativa é de aumento da receita acima da casa dos 20%. O novo presidente da empresa, José Fernando Rodrigues, explica que crise hídrica e o cenário econômico ruim têm impulsionado as consultas.
Por um lado, afirma o executivo, a possibilidade de falta de abastecimento fez com que algumas empresas recorressem a alternativas que garantissem autonomia.
A crise econômica, por sua vez, gera negócios na medida em que as interessadas podem deixar para companhias como a Nova Opersan o investimento necessário à implementação de um sistema completo de tratamento de água e efluentes. Tal serviço é remunerado na forma de tarifa, como uma concessionária privada. "Eles trocam capex [investimento] por opex [custo operacional]", diz.
A Nova Opersan acredita no crescimento potencial do segmento e não tem interesse em partir para a operação de concessões públicas de saneamento. O que está em estudo agora é a expansão para outros países da América Latina.
Outra empresa do ramo, a General Water, que atende indústrias, shopping centers e bancos, dentre outros clientes, prevê crescimento de 20% no faturamento em 2016.
De acordo com Fernando Pereira, gerente de vendas, boa parte são contratos fechados ao longo deste ano, mas que estão ainda em fase de implementação.
Ele explica que um cenário adverso neste ano teria impacto mais visível no faturamento de 2017, mas que a perspectiva da empresa é positiva, pelo ganho de escala. O principal ponto afetado pela crise, diz, são as condições de renovação dos contratos. No geral, os clientes têm buscado reduzir a tarifa.
A insegurança maior está no fato de os contratos serem de longo prazo. Para segmentos em que as empresas não sabem se conseguirão dar continuidade às operações, se comprometer com uma conta fixa pode gerar incertezas.
03 de junho 2019
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